Uma falha no sistema elétrico causou a parada total das operações na Refinaria Duque de Caxias (Reduc) na região metropolitana do Rio, na manhã desta quarta-feira. A falha aconteceu por volta das 5h45 da manhã, durante uma parada programada da Termoelétrica Leonel Brizola, que integra o parque da Reduc.
Para evitar acidentes na unidade por causa da paralisação, parte do combustível que estava em processamento foi queimada pela empresa. O problema foi controlado, mas a previsão é que a retomada total da produção leve cerca de três dias.
"A Reduc processa até 240 mil barris de petróleo por dia, além da produção de coque e diesel, entre outros derivados. Para o mercado interno, não interfere no abastecimento. Mas, para a Petrobras, o prejuízo é de muitos milhões de reais, em função do que ela deixará de produzir e vender", comentou Simão Zanardi, presidente do sindicato de petroleiros de Caxias (Sindipetro).
A Petrobras, entretanto, não faz estimativa de prejuízos e afirma que "os sistemas estão sendo restabelecidos para normalização das atividades". Em comunicado, a companhia informou também que a parada aconteceu "de forma segura" e que "todas as ações foram tomadas para que não houvesse impacto à segurança ou à saúde dos trabalhadores e da população, bem como foi garantida a integridade das instalações".
Segundo o sindicato, entretanto, a parada na termoelétrica já estava prevista. O objetivo da medida era a realização de inspeção preventiva nos equipamentos, na expectativa da operação em carga máxima durante o período da Copa do Mundo, quando a demanda por energia e combustível deve atingir o pico.
Com a paralisação no fornecimento de energia elétrica para a refinaria, a carga de processamento da unidade precisaria ser reduzida. Nessa operação, entretanto, houve falhas que causaram a queda de energia em todo o parque de refino.
"A Reduc não segurou a oscilação de carga e desligou todas as bombas e unidades. Foi necessário fazer a despressurização da área e a queima de vapor e combustível para liberar a tubulação e prevenir acidentes", explicou o presidente do sindicato, Simão Zanardi.
Fumaça
Uma densa fumaça foi vista na região durante a manhã, causada pela queima de combustíveis da unidade. A fumaça pôde ser vista em municípios vizinhos da região metropolitana, como Nova Iguaçu e também nas zonas oeste e norte do Rio de Janeiro. Entre os gases queimados, havia benzeno, xileno e tolueno, considerados tóxicos à saúde.
A estatal informou, em comunicado, que as tochas que expeliram a fumaça são equipamentos de segurança, acionados em situações "contingenciais". "A Petrobras informou ainda que os órgãos de controle foram comunicados sobre o evento, sendo feita avaliação local pelo órgão ambiental", completou a companhia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
-
As bombas fiscais que Lira e Pacheco podem armar contra o governo Lula
-
Valdemar vence queda de braço com Bolsonaro e PL recorre ao TSE pela cassação de Moro
-
Relatório da atuação de Moraes mostra que 88 pessoas continuam presas por atos de 8/1
-
Presidente do INSS diz que órgão fará pente-fino de servidores no exterior após Gilmar Mendes ser hostilizado em Lisboa
Com problemas de caixa, estados sobem ICMS e pressionam ainda mais a inflação
Mercado já trabalha com expectativa de mais juros e inflação maior em 2024 e 2025
As bombas fiscais que Lira e Pacheco podem armar contra o governo Lula
Brasileiro é o maior pagador de impostos do Paraguai: “É fácil de entender e mais barato”
Deixe sua opinião