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Na média de todas as classes, a renda da família brasileira cresceu 33% em uma década, avanço que impulsionou o consumo | Brunno Covello/ Gazeta do Povo
Na média de todas as classes, a renda da família brasileira cresceu 33% em uma década, avanço que impulsionou o consumo| Foto: Brunno Covello/ Gazeta do Povo

A renda per capita da classe média cresceu 50% entre 2001 e 2011, passando de R$ 382 ao mês para R$ 576, de acordo com o quarto caderno "Vozes da Classe Média", divulgado ontem pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República. Para o governo, a família de classe média é aquela com renda per capita (renda total dividida pelo número de pesoas) entre R$ 291 e R$ 1.019 ao mês.

Ao mesmo tempo em que o rendimento da classe média cresceu, segundo o subsecretário de Ações Estratégicas da SAE, Ricardo Paes de Barros, a renda per capita de todas as classes sociais cresceu 33% no período, ao sair de R$ 591 para R$ 783. "Hoje, a classe média tem 47 milhões de trabalhadores, dos quais 54% são assalariados no setor privado. O futuro da classe média depende muito do emprego assalariado no setor privado", apontou.

Na média anual, a evolução porcentual da renda per capita foi de 2,9% para o total das famílias e de 4,2% para a classe média de 2001 a 2011.

Mercado de trabalho

O relatório aponta que o aumento da renda per capita se deve em parte às novas oportunidades de trabalho e também à "crescente generosidade das transferências públicas", além da melhoria na capacitação e mudanças na qualidade dos postos de trabalho.

De acordo com o estudo, o número de vagas de trabalho cresceu 20% no período com ampliação de 16 milhões de postos, passando de 76 milhões em 2001 para 92 milhões em 2011, o que consequentemente levou a uma queda na taxa de desemprego. Como a população em idade ativa também aumentou em velocidade semelhante à de ofertas de emprego, em 19%, a taxa de ocupação ficou estável em 60%.

A maioria das novas oportunidades no mercado de trabalho foi para assalariados, tanto em empresas públicas quanto no setor privado. Neste último, o número de assalariados aumentou 38%. Paralelamente, houve uma melhoria das condições de contratação com a expansão do emprego formal. Dos 16 milhões de empregos abertos na década analisada, 13 milhões foram com carteira assinada. A quantidade dos assalariados sem carteira diminuiu em quase um milhão.

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