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Fachada da prineira loja física da Ashua, no Shopping Praia de Belas, em Porto Alegre (RS). | Fabiano Lucietto Panizzi/
Fachada da prineira loja física da Ashua, no Shopping Praia de Belas, em Porto Alegre (RS).| Foto: Fabiano Lucietto Panizzi/

A rede varejista de vestuário Renner inaugurou três lojas físicas da marca Ashua Curve & Plus Size, em setembro. Uma no Shopping Praia de Belas, em Porto Alegre (RS), e outras duas nos shoppings Anália Franco e Tucuruvi, na cidade de São Paulo (SP). A marca trabalha com roupas femininas, com manequins que vão do 46 ao 54, e começou a operar há dois anos exclusivamente pela internet. A expansão para lojas físicas atende a uma demanda reprimida de mercado.

“Era uma reclamação constante das consumidoras o fato de não ter uma loja física da marca [Ashua]”, revela o diretor de produto da Lojas Renner, Fabio Faccio. A Ashua foi criada, segundo o executivo, para oferecer produtos plus size de melhor qualidade, variedade e design, além de trabalhar com um preço justo. “Desde o início das vendas da Ashua pelo site da Renner, contamos com grupos de clientes para opinar e assim melhorarmos cada vez mais. Ninguém estava atendendo a esta proposta no segmento. Ou o preço estava muito caro ou havia pouca informação de moda e qualidade nas peças. A marca veio para atender a esta necessidade.”

A estimativa é inaugurar novas unidades da Ashua pelo país a partir de 2019. “Primeiro, queremos sentir a aceitação e avaliar os resultados da operação”, diz Faccio. A marca plus size oferece itens de moda casual, urbana e work e tem como público-alvo o mesmo das lojas Renner: mulheres de classes A-, B e C+.

O jeans é uma das apostas da marca, assim como linho, viscose, alfaiataria, brilhos e poás. Este ano, o mix da Ashua ganhou artigos de moda íntima e junto com a inauguração das lojas físicas foi lançada a primeira coleção de moda praia.

Os espaços físicos da Ashua já surgem em um ambiente totalmente omnichannel. Com o serviço de venda móvel, a cliente evita filas e tem a comodidade de pagar em qualquer ponto da loja. Além disso, caso prefira comprar online ou queira algum produto ou tamanho diferente do que encontrou, pode usar o wi-fi disponibilizado livremente para as consumidoras no local, tendo a opção de receber seu pedido em casa ou retirar nos pontos de venda em qualquer loja Renner do país. A cliente ainda pode fazer as compras nas lojas físicas usando o cartão Renner para efetuar o pagamento.

O site agora disponibiliza um provador virtual, que auxilia a compra sugerindo o tamanho mais adequado para cada cliente de acordo com as medidas e formatos do seu corpo. A implantação da ferramenta tem o intuito de deixar a compra mais assertiva, ao direcionar a numeração ideal. A iniciativa tem objetivo de criar maior satisfação e identificação da cliente com a marca, além de oferecer mais comodidade na compra, diminuindo a necessidade de troca.

A ferramenta salva os dados da cliente para uma nova compra, indicando o histórico da última aquisição e permite os dados da compra anterior ou gerar uma nova análise das medidas indicadas. “Queremos avançar cada vez mais num formato de compra omnichannel, pois entendemos o quanto isso enriquece a relação com a marca e torna a compra mais agradável e interativa”, afirma o gerente geral de e-commerce da Lojas Renner, Ronaldo Magalhães.

Categoria plus size corresponde a apenas 3,5% do mercado em vendas

A Ashua chega em um momento no qual a demanda por modelagens maiores está em alta. No país, 54% da população está acima do peso ideal e 18% é obesa, de acordo com o Ministério da Saúde. No segmento de vestuário, porém, a categoria plus size corresponde a apenas 3,5% do mercado em volume de vendas. O segmento teve receita de R$ 7 bilhões no ano passado, segundo a Associação Brasil Plus Size, e projeta chegar a R$ 20 bilhões em cinco anos.

A marca Ashua junta-se ao grupo que inclui, além das lojas Renner, Camicado e Youcom. No primeiro semestre, este trio gerou uma receita líquida de R$ 3,18 bilhões, com expansão de 10,9%. O lucro líquido aumento de 48,2% no período, para R$ 386,2 milhões, segundo dados publicados pelo jornal Valor Econômico em setembro.

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