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Sindipetro entrega panfletos em dia de Mobilização Nacional

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) realizou nesta sexta-feira (20), mobilização nacional por mais segurança no trabalho e contra reduções de custos no programa de otimização de custos operacionais (Procop) da Petrobrás.

A mobilização acontece no mesmo dia em que o conselho de administração da companhia se reúne extraordinariamente para discutir os recentes acidentes ocorridos em quatro refinarias da empresa. Segundo o Sindipetro PR-SC, na Repar, em Araucária, foram entregues panfletos para os trabalhadores sobre a situação do setor.

"O que eles chamam de otimização é, na verdade, redução de custos. Só é priorizado o essencial do essencial e isso prejudica a segurança. Um equipamento que esta no início do vazamento, por exemplo, eles vão deixando de fazer manutenção, e o risco de ampliar esse problema aumenta", disse.

O sindicato disse que não haverá paralisações na Repar por conta do dia de mobilização.

A Unidade de Destilação U-2100 da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, voltou a refinar petróleo nesta sexta-feira (20) depois de 22 dias parada, diz o Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina (Sindipetro-PR-SC). Os procedimentos para a retomada da produção começaram na terça (17). A reativação da indústria, porém, está sendo feita de forma gradual e com ritmo mais lento que o divulgado inicialmente pela Petrobras, que afirmava que a produção seria normalizada no último dia 17. Neste primeiro dia de refino a produção está reduzida e só deve ser regularizada no mês que vem, estima o sindicato.

A produção nesta sexta-feira (20) deve fechar em 18 mil metros cúbicos, quase a metade da produção de um dia normal (33 mil metros cúbicos), segundo o diretor do sindicato, Anselmo Ruoso Junior. Ele diz que a unidade voltou a funcionar com alguns problemas operacionais e sem um equipamento essencial, o que atrasaria a produção. "A unidade está com problemas na parte de condicionamento, que são típicos de reinício. E um dos equipamentos que foi incendiado ainda não foi resposto", diz. Esse equipamento seria um permutador de ar, que foi danificado no incêndio de 28 de novembro.

O sindicato diz que a produção poderá chegar a 22 mil metros cúbicos na semana que vem. Mas que a retomada total "deve demorar, por causa dos danos", diz Ruoso. No dia da partida da unidade, nesta terça (17), a estimativa era de que o problema se solucionasse só na metade de janeiro.

A Petrobras, que se pronuncia pouco sobre o funcionamento da refinaria, disse por nota apenas que a Repar "está em processo de partida, respeitando os princípios de Segurança, Meio Ambiente e Saúde que norteiam as ações da Petrobras". A empresa não se manifestou sobre os níveis de produção da Repar e nem informou quando a situação deve ser normalizada.

Acidente

A causa do acidente em novembro, segundo a ANP, foi o uso de um aço inadequado e fraco para suportar temperaturas elevadas. O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) afirma que houve impacto ambiental, mas não detalhou o por quê. Segundo o órgão, a refinaria tem até o dia 31 de dezembro para levantar informações sobre o volume de solo possivelmente contaminado e a destinação dos resíduos que tenham sido coletados. O prazo de resposta, que venceria no dia 26 deste mês, foi estendido por conta das festas de final de ano. O IAP já informou, porém, que o rio Barigui não foi afetado, mas que é obrigação da Repar monitorar a qualidade da água.

Greve

A falta de segurança na refinaria fez os funcionários entrarem em greve no último domingo (15). Na segunda-feira (16) após a Repar aceitar algumas reivindicações do Sindipetro, eles retomaram o trabalho.

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