O setor automotivo vai tentar negociar com o governo a prorrogação da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis e caminhões, prevista para acabar em março. "No cenário mais otimista vamos ter uma queda de 15% no mercado total, incluindo vendas de carros, caminhões e ônibus", disse ontem Luís Antônio Sebben, diretor geral da regional da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). De acordo com ele, o esboço de recuperação do mercado na primeira quinzena de fevereiro seria fruto de antecipação de compras por parte consumidores que querem aproveitar a redução do imposto.
As montadoras, por sua vez, estão preferindo segurar a retomada da produção e até mesmo ter menos oferta de carros no mercado do que voltar ao ritmo e ter de fazer novos cortes em abril.
A combinação de redução do IPI, queda dos juros, do aumento da oferta do crédito e dos descontos dados por montadoras e revendas foi responsável pela retomada das vendas em fevereiro, segundo a Fenabrave. "Somando tudo isso, em média, o carro novo está custando entre 11% e 12% menos. O consumidor voltou a comprar. Hoje praticamente não há estoques de carros zero", afirma. Ainda assim, o volume de emplacamentos de automóveis e comerciais leves nos primeiros quinze dias do mês caiu 1,82% na comparação com o mesmo intervalo de 2008. E vale lembrar que esse recuo só não foi maior porque o Carnaval, no ano passado, caiu na primeira quinzena de fevereiro, o que reduziu o número de dias úteis.
Apesar da retomada do crédito, Sebben conta que os bancos continuam muito seletivos na concessão de financiamentos. O número de exigências aumentou, o que afastou principalmente a classe C das concessionárias. O governo federal reduziu o IPI em meados de dezembro. O principal benefício foi dado aos carros populares, que pagavam 7% de IPI e tiveram a alíquota zerada. Para carros com motores até 2.0, o imposto caiu de 13% para 6,5%.
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