A grande fragilidade corporativa exposta pela crise é a facilidade com que dezenas de empresas fizeram apostas de altíssimo risco no mercado financeiro. No Brasil, a Sadia, recém-incorporada pela Perdigão, registrou prejuízo de R$ 2,5 bilhões no ano passado, devido a aplicações em derivativos cambiais. Pela mesma razão, a Aracruz teve prejuízo de R$ 4,2 bilhões. Com um empurrão do governo, foi vendida à VCP, do grupo Votorantim, que também perdeu dinheiro com derivativos.
No México, a fabricante de tortilhas Gruma perdeu US$ 800 milhões em operações cambiais. Outras companhias mexicanas que cometeram o mesmo erro foram a cimenteira Cemex, a fabricante de papel Corporación Durango e a rede varejista Comercial Mexicana. No Reino Unido, a Reliant Energy perdeu US$ 700 milhões em uma aposta com derivativos de energia. A Softbank, terceira maior operadora de telefonia móvel do Japão, investiu em um instrumento chamado de CDO, um derivativo de dívidas imobiliárias que hoje intoxica bancos americanos e europeus. Com a crise, teve de reportar um prejuízo de US$ 748 milhões a seus acionistas.
Esses são exemplos que nem chegam ao coração da crise, o sistema bancário dos Estados Unidos, onde as perdas foram grandes a ponto de exigir mais de US$ 1 trilhão em ajuda pública. A bolha financeira, como se vê, teve um ingrediente importante de falta de responsabilidade corporativa.
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