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O mercado financeiro continua a mostrar desconfiança a respeito das perspectivas da economia espanhola. Nesta quinta-feira (14), o chamado "prêmio de risco" dos títulos da dívida espanhola (a vencer em 2022) novamente atingiu um nível histórico, aos 550 pontos.

O prêmio de risco, que desde o final de maio superou a barreira dos 500 pontos, mede a diferença em relação aos títulos da dívida alemã, o atual "porto seguro" para investidores na Europa.

Esse título também foi negociado no mercado financeiro a juros de 6,998% ao ano, como relata o diário espanhol "El País", o mais alto já registrado desde 1999.

A negociação desses títulos é uma referência para a percepção dos investidores a respeito da solvência financeira de um país, que emite esses papéis para tomar financiamento na praça.

Quando um país tem maiores chances de insolvência, isto é, de não pagar seus compromissos financeiros, os investidores costumam exigir retornos mais altos para aceitar esses papéis, tanto no mercado primário (venda pelo Tesouro nacional) quanto no secundário (trocas entre investidores).

É o que está ocorrendo com a Espanha. Embora a União Europeia tenha se comprometido em injetar até 100 bilhões de euros (US$ 125 bilhões) no setor bancário do país ibérico, de modo a recapitalizar as instituições financeiras abaladas por uma recente crise imobiliária, a medida não acalmou os nervos dos grandes tomadores de títulos soberanos.

Ontem, mais uma agência de avaliação de risco piorou sua avaliação sobre a solvência da Espanha.

A Moody's rebaixou o chamado "rating" soberano de "A3" (no topo da escala) para "Baa3". Neste nível, basta um novo rebaixamento para que o país afunde na vala dos países do tipo "grau especulativo" (de maior risco de calote).

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