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A Sadia deve fazer um comunicado ao mercado ainda nesta semana para formalizar a retomada da parceria com a Globoaves, de Cascavel. O anúncio acontece semanas após executivos das duas empresas terem confirmado o interesse no contrato, que prevê abate de cerca de 190 mil frangos por dia, para serem exportados pela Sadia. A parceria encerra a possibilidade de a multinacional Tyson Foods ingressar no Brasil com a aquisição de parte da Globoaves.

Apesar de o mercado dar como certo o anúnico para os próximos dias, as empresas, no entanto, não confirmaram ontem a informação. O diretor da Globoaves, Roberto Kaefer, afirmou que qualquer informação oficial sobre o caso ficaria por conta da Sadia, que tem ações negociadas na Bovespa e precisa dar transparência aos seus atos. A assessoria de imprensa da Sadia informou que não havia previsão de nenhum fato relevante a ser divulgado por estes dias.

A Globoaves e a Sadia operaram juntas por três anos até o início de 2006. A empresa paranaense fazia o abate de 150 mil aves por dia, que eram destinados à exportação. A parceria acabou pela queda das vendas externas de frango, em função do temor mundial da gripe aviária. Alguns meses depois a empresa paranaense iniciou o contato com a Tyson Foods para a formação de uma joint venture. A multinacional tinha interesse no controle da Globoaves e faria um aporte de R$ 70 milhões. As negociações estavam adiantadas e foram interrompidas apenas após encontros com representantes da Sadia, que já planeja investimentos de cerca de R$ 800 milhões neste ano, na ampliação de unidades já existentes e em novas fábricas. A empresa aposta na recuperação do mercado de aves durante o ano e no aumento de 9% a 11% nas vendas. Para alguns analistas, o contato com a Globoaves foi retomado para retardar a entrada da Tyson no Brasil. No ano passado, a Sadia já sofreu um revés após fazer uma oferta hostil para adquirir o controle da concorrente Perdigão, que não foi aceita.

A Globoaves é líder no fornecimento de ovos fertilizados e de pintos de um dia (pintainhos) para as granjas brasileiras, com produção mensal de cerca de 40 milhões de aves. Desde 1995 opera junto com a empresa norte-americana Cobb-Vantress Incorporated no desenvolvimento da linhagem Cobb, que representa cerca de 40% do frango de corte consumido no Brasil.

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