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| Foto: OSEP LAGO/AFP

Há algumas semanas a reportagem vem questionando jogadores de "Pokémon Go" sobre dicas para usar melhor o jogo. Quase todos recomendaram: use uma bateria externa. O game, de fato, consome mais energia que os aplicativos que as pessoas costumam usar.

Ao usar o jogo, em que o objetivo é caçar pokémons no mundo real, usuários têm visto a bateria do smartphone acabar em poucas horas.

O problema é que o jogo acaba usando vários elementos críticos para a bateria ao mesmo tempo, como a tela acesa, o GPS e a rede de internet, explica José Mauricio Rosolen, pesquisador da área de baterias e professor da USP de Ribeirão Preto.

Normalmente os equipamentos tentam fazer um balanceamento. Se o aparelho está usando muito a rede, ele tenta baixar o consumo da tela. Só que nesse caso fica difícil porque tudo está sendo usado ao mesmo tempo", diz ele.

Com outros aplicativos, isso em geral não acontece: ao ouvir uma música no Spotify, mesmo que no modo streaming, que gastar mais bateria, o usuário tende a deixar o aparelho no bolso, com a tela desligada. Para mandar ou receber mensagens no WhatsApp, a tela fica aberta por apenas alguns minutos.

Mas o "Pokémon Go" tem um modo de economia de energia na versão para Android (pressione a pokebola na parte de baixo da tela, depois "Settings" e depois "Battery Saver"). Segundo a Niantic, a função foi removida da versão para iOS por apresentar problemas, mas será restabelecida em breve.

Uma medida para economizar bateria é reduzir o brilho da tela, especialmente a céu aberto: no modo automático, o aparelho tende aumentar o nível de luminosidade. Isso pode, entretanto, dificultar o uso do game.

Meus filhos usam a tela bem escura para poder jogar por mais tempo, mas eu não consigo. Se você está a céu aberto, não consegue deixar uma luminosidade tão baixa", diz Renato Franzin, professor da Poli-USP.

Uma alternativa, menos eficaz, é desabilitar o som do jogo. Além de não esquecer de fechar o jogo quando não estiver usando.

A tendência é que o problema seja reduzido no futuro. No passado, o Waze costumava consumir mais bateria, mas fez atualizações de software para reduzir o consumo.

Franzim diz, por exemplo, que mapas de regiões que o usuário frequenta muito ficam armazenados na memória ‘cache‘ do celular sem a atualização em tempo real pela internet, o consumo é menor.

Se isso não for suficiente, é possível fazer como usuários intensos têm feito e recorrer a uma bateria externa. Há modelos que permitem duas cargas completas vendidos por cerca de R$ 50.

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