A Arábia Saudita deve pressionar a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) a aprofundar cortes na produção antes da planejada oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da estatal Saudi Aramco, segundo fontes com conhecimento do assunto.
O objetivo da movimentação seria impulsionar os preços do petróleo e relembrar potenciais investidores da Aramco sobre a considerável influência dos sauditas na Opep. No fim de semana, a Aramco anunciou oficialmente planos de lançar seu IPO na bolsa de valores saudita em 11 de dezembro. Um pouco antes, no dia 5 de dezembro, a Opep e aliados, que incluem a Rússia, vão se reunir em Viena para discutir o atual acordo de restrição na oferta de petróleo.
Pelo acordo, Opep e aliados têm procurado reduzir sua produção combinada em 1,2 milhão de barris por dia (bpd) desde o começo do ano, como parte de uma estratégia para dar sustentação às cotações do produto. "Eles [os produtores de petróleo] ficarão sob enorme pressão para conseguir [impulsionar os preços] antes do IPO", que acontecerá seis dias depois, afirmou um saudita especialista no segmento.
Hoje, a Saudi Aramco detêm o monopólio da extração de petróleo na Arábia Saudita e é considerada a empresa mais lucrativa do mundo, responsável por 10% da produção global da commodity. Inicialmente o lançamento do IPO da petrolífera estava previsto para outubro, mas foi adiado pela companhia. No mês anterior, um ataque promovido por rebeldes iemenitas destruiu parcialmente suas principais instalações: drones danificaram a refinaria de Abqaiq, reduzindo a produção diária mundial em 6%, impacto que deve ser revertido completamente até o final de novembro.
-
Um guia sobre a censura e a perseguição contra a direita no Judiciário brasileiro
-
O “relatório da censura” e um momento crucial para a liberdade de expressão
-
Braço direito de Moraes no STF já defendeu pena de morte e é amigo de Val Marchiori
-
Três governadores e 50 parlamentares devem marcar presença no ato pró-Bolsonaro de domingo
Meta fiscal mais frouxa do governo Lula piora expectativas e mercado joga juros para cima
Rebaixamento da meta aumenta desconfiança sobre as contas do governo Lula
Incertezas do Brasil fazem exportador deixar dólar no exterior e elevam pressão sobre câmbio
FMI amplia projeção de crescimento do PIB brasileiro para 2024 e 2025
Deixe sua opinião