Os democratas terão pouca margem de erro essa semana, quando tentarão aprovar no Congresso dos EUA a mais abrangente mudança nas leis de regulamentação financeira desde a Grande Depressão.
O líder do partido majoritário no Senado, Harry Reid, espera conseguir a aprovação da regulamentação quando o Congresso voltar a se reunir depois de uma semana de recesso, apesar de ainda não ter obtido os 60 votos necessários para evitar um bloqueio processual na casa, que tem 100 membros.
A Câmara dos deputados já aprovou a versão final do projeto, que impõe uma série de duras restrições à indústria, em um esforço para evitar uma nova crise financeira como a que ocorreu entre 2007 e 2009. Depois de um ano e meio de trabalho, os democratas estão ansiosos para encaminhar o projeto à sanção do presidente Barack Obama.
A aprovação do projeto representaria a segunda grande conquista legislativa do partido, que já conseguiu a aprovação da reforma do sistema de saúde, um feito importante já que eles estão tentando manter o controle do Congresso nas eleições de novembro desse ano.
No Senado, Reid já conta com 57 votos dos democratas para a aprovação do projeto que criará novas medidas de proteção para o consumidor e impõe novas medidas restritivas às empresas financeiras.
Os republicanos Susan Collins e Scott Brown também já indicaram que pretendem apoiar o projeto.
Mas isso ainda deixa Reid a um voto da aprovação. Os Republicanos Olympia Snowe e Charles Grassley já apoiaram o projeto anteriormente, durante o processo legislativo, mas nenhum dos dois confirmou se pretendem apoiar a versão final.
Entretanto, os analistas acreditam que Reid terá os votos necessários para enviar o projeto a Obama, já que os republicanos moderados serão duramente pressionados a explicar um voto "não" depois de obter uma série de concessões importantes.
"Acho que todo muito está bem tranquilo que eles conseguirão os votos", disse Jodi Lashin, uma advogada da Pryor Cashman, que tem acompanhado o projeto de lei bem de perto.
Alan Lancz, presidente da Alan B. Lancz & Associates, de Nova Iorque, disse que um fracasso na aprovação final do projeto levaria mais preocupações aos investidores.
"Se não for aprovado, haverá um dado ligeiramente positivo, mas haverá preocupação em saber se ele voltará piorado, lá adiante", disse Lancz.
"Se ele for apenas adiado, pode preocupar os investidores mais em relação ao o que mais está sendo planejado ou adicionado ao projeto."
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