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As vendas do penúltimo fim de semana antes do Natal não animaram os lojistas de Curitiba. O modesto movimento foi atribuída ao calor e à possibilidade de deixar as compras para as madrugadas e para o fim de semana que vem. Sobrou culpa até mesmo para as liquidações de janeiro e fevereiro. Mas a maior esperança para que se confirme a expectativa da Associação Brasileira de Lojistas de Shoppings, de alta no faturamento de 6% ante o realizado no ano passado, é que o movimento nas lojas e caixas registradoras dispare a partir de quarta-feira, quando vence o prazo para o pagamento da segunda parcela do 13.º salário. Nos maiores shoppings da cidade, o fluxo de consumidores ontem foi quase o de um domingo normal, depois de um sábado um pouco mais agitado.

A decepção com o movimento levou a novata Shoulder, do Shopping Mueller – onde foram contratados 700 vendedores temporários –, a baixar os preços dos cosméticos em 10%. "Estamos super preparadas para receber os clientes; espero que eles venham", diz a gerente, Carolina Monteiro. Em alguns casos, o preparo envolveu a renovação do ponto comercial. O Boticário ampliou o espaço no Mueller mudando para um ponto próximo à loja anterior.

O maior movimento no Park Shopping Barigüi, ontem, foi registrado em lojas de produtos infantis. Na PB Kids, as irmãs Marta e Paula procuravam o presente ideal. "A Marta quer a Barbie veterinária, mas a Paula gosta da pista de corrida do Hot Wheels", conta a mãe, Marina Ribeiro. Apesar do movimento abaixo do esperado, a gerente Jane Santos comemora a elevação do ticket médio de R$ 100, no ano passado, para R$ 175 este ano. "Com isso, esperamos um faturamento entre 30% e 40% maior", diz. Um dos fatores para o crescimento é o maior número de parcelas, de três para cinco. As vedetes são a Barbie bailarina e carrinhos de controle remoto.

Os eletrônicos entraram na lista de pedidos dos adultos com força neste Natal, estimulados pelo maior número de parcelas e principalmente pelo barateamento de laptops, computadores de mesa e tevês de plasma. Em um ano, os produtos ficaram até 40% mais baratos. Há quedas maiores, como a da tevê de plasma de 42 polegadas da LG. Na FastShop, o preço à vista despencou de R$ 12.999,00 em junho para R$ 3.999,00 esta semana. "Achávamos que a câmera fotográfica digital, o aparelho de MP3 e os celulares sairiam mais", diz o gerente da loja, Selestino Kreia Jr.

A coreana Samsung enviou promotores às lojas para destacar as vantagens dos produtos, e convenceu a engenheira Rafaela Mayrhofer. Ela escolheu uma tevê LCD de R$ 3.599,00. O preço original era R$ 3.999. O marido pagou a conta. "Aprovei as entradas que ela tem, até de internet, e o fato de ser adaptada para a televisão digital", diz.

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