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Trabalhadores do setor público da Espanha realizam hoje uma greve, em resposta aos recentes cortes de gastos anunciados pelo governo para reduzir o déficit orçamentário do país. O movimento pode ser a prévia de uma grande greve geral. Em comunicado, o sindicato Comisiones Obreras afirmou que "cerca de 75%" dos trabalhadores aderiram à paralisação, que ocorria sem grandes incidentes.

Os primeiros sinais de distúrbios, porém, ficaram evidentes no início da manhã. Segundo a agência EFE, um grupo de manifestantes em Barcelona ateou fogo em vários pneus, na Avenida Diagonal, bloqueando o tráfego de uma das mais importantes vias da cidade. A greve dos funcionários públicos é o primeiro passo de uma série de protestos preparados pelos sindicatos. O Comisiones Obreras disse que já começou os preparativos para uma greve geral.

Sindicatos, líderes empresariais e Ministério do Trabalho têm negociado uma reforma no mercado de trabalho. Segundo a Comissão Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI), as mudanças são importantes para complementar as medidas de austeridade já aprovadas pelo governo socialista espanhol.

"Eu gostaria de acreditar que até o último minuto nós poderíamos chegar a um acordo. A reforma trabalhista não é uma prioridade para o país", defendeu o chefe do Comisiones Obreras, Ignacio Fernández Toxo, em entrevista à emissora de rádio Cadena Ser. O governo espanhol, no entanto, liderado pelo primeiro-ministro José Luis Rodríguez Zapatero, já afirmou que aprovará a reforma trabalhista em 16 de junho, com ou sem acordo com os sindicatos e as associações patronais.

De acordo com a Comissão Europeia, o déficit de países com problemas fiscais como a Espanha deve ser reduzido para 3% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2013. No ano passado, esse déficit ficou em 11,2% do PIB. O déficit orçamentário espanhol cresceu por causa do crescente desemprego, após a explosão da bolha do setor imobiliário no país causar problemas em todo o setor de construção. Esse setor vinha há anos funcionando como um motor para o crescimento da Espanha. As informações são da Dow Jones.

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