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Carlos Ghosn
Acompanhado da esposa, Carole, Carlos Ghosn deixa o escritório de seu advogado em Tóquio, em abril de 2019| Foto: Kazuhiro Nogi/AFP

Autoridades da turcas prenderam nesta quinta-feira (2) sete pessoas suspeitas de ajudar o ex-CEO da aliança Renault-Nissan, Carlos Ghosn, a chegar ao Líbano após sua fuga do Japão, na segunda-feira (30). De acordo com a agência de notícias DHA, entre os detidos estão quatro pilotos que teriam auxiliado Ghosn a viajar a partir de um aeroporto em Istambul, onde desembarcou em um voo vindo de Tóquio. O ministério do Interior da Turquia iniciou uma investigação para determinar em quais condições o empresário nascido no Brasil conseguiu transitar pela cidade, informou o canal NTV.

A fuga de Ghosn do Japão ainda é cercada de dúvidas. Segundo diversas notícias divulgadas até agora, o executivo teria usado um passaporte francês que tinha em seu poder para uso cotidiano para organizar a escapada da prisão domiciliar (os demais documentos foram confiscados pela Justiça japonesa). Usando um jato particular, ele fez escala na Turquia antes de seguir rumo a Beirute.

Também nesta quinta-feira (2), o Líbano recebeu um pedido de prisão da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) contra o ex-todo-poderoso da Nissan. A informação foi confirmada por Albert Serhan, ministro da Justiça libanês à agência de notícias oficial do país, a NNA. Em entrevista, o ministro libanês afirmou que o governo vai "cumprir suas obrigações" em relação ao alerta da Interpol, sugerindo que Ghosn poderá ser questionado. Entretanto, reforçou que Líbano e Japão não têm acordo de extradição, por isso, está fora de questão entregar o ex-todo-poderoso da Nissan às autoridades japonesas. No país, ele responde por fraudes e má conduta financeira enquanto estava a frente da montadora.

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