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Setor de franquias reduz ritmo, mas mantém expansão em 2014

Retração econômica segura crescimento do franchising no país. Mesmo assim, resultados são melhores do que os do varejo tradicional

Igor Bomtempo, franqueado da Elefante Verde: segmento de comunicação cresceu 27% em 2014. | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Igor Bomtempo, franqueado da Elefante Verde: segmento de comunicação cresceu 27% em 2014. (Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo)

Depois de bater os dois dígitos (11%) no aumento do faturamento de 2013, o mercado de franquias reduziu o ritmo e fechou o ano passado com 7,7% de crescimento, conforme o anuário da Associação Brasileira de Franchising (ABF). A desaceleração, porém, não abala o otimismo do setor.

“O desempenho foi muito superior aos demais setores do varejo, apesar da conjuntura desfavorável com a realização da Copa do Mundo e das eleições. O modelo da operação, que compartilha questões estratégicas do negócio, faz toda a diferença”, aponta a diretora regional da ABF, Fabiana Estrela.

Na avaliação da entidade, ao completar 20 anos de legislação, o franchising brasileiro passa por um refinamento e profissionalização. Com 2.942 franqueadoras, o país chegou ao quarto lugar no ranking mundial em número de marcas, atrás da China (4 mil), Estados Unidos (3,8 mil) e Coreia do Sul (3,6 mil).

Na distribuição de unidades dentro do país, Curitiba também ocupa a quarta posição no ranking nacional, com São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte no topo da lista.

Para superar os desafios da retração econômica do mercado neste ano, o setor pretende reforçar as ferramentas que hoje respondem pelo sucesso do modelo. A transferência de know how em negócios testados ajuda a minimizar riscos dos investidores e atrai mais parceiros para a expansão. É nesse ajuste fino que os consultores especializados apostam para superar a crise.

“As decisões estratégicas são de responsabilidade do franqueador, que deve estar focado na atividade e alertar o franqueado quanto a riscos, questões logísticas e de gestão”, aponta Fabiana.

Importância da gestão

A crise também pode pautar a mudança de hábitos do consumidor, que sempre vai procurar o melhor preço e atendimento. Para a diretora geral do Grupo Bittencourt, Claudia Bittencourt, consultora especializada em franchising, a gestão do negócio precisa estar no centro da atenção dos empresários. “A precificação correta, redução de custos, treinamento de pessoas e a renegociação de contratos com fornecedores vão ajudar a minimizar os impactos de um mercado mais morno”, explica.

Para Claudia, 2015 será desafiador e as redes podem enfrentar dificuldades nas vendas tanto no consumo final como no de novas licenças. “É hora de manter o que foi conquistado até agora e buscar competências para atingir bons resultados.”

Para a diretora da ABF, Fabiana Estrela, a grande vantagem do franqueado sobre outros setores do varejo é o apoio que a franqueadora oferece. “O independente precisa pensar em tudo sozinho. Com as informações compartilhadas entre os parceiros, fica mais fácil identificar os gargalos e tomar as decisões. Nesse aspecto, a consolidação de uma marca forte traz um nível maior de segurança”, diz.

Diante disso, a previsão da ABF é manter o crescimento de 2015 no mesmo patamar do ano passado, entre 7,5% e 9%.

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