Empresários do setor de serviços de todo o mundo pediram que os líderes do grupo das 20 nações ricas e emergentes endureçam a resistência contra medidas protecionistas.
A Coalizão Global de Serviços disse que muitos países já descumpriram uma promessa do G20, feita em novembro, de se evitar a adoção de novas barreiras comerciais.
"Essas ações mal pensadas e egoístas, que continuam a ocorrer, estão contribuindo com a incerteza que já assola a economia mundial", disse o grupo em carta enviada na véspera do encontro dos líderes econômicos do G20.
A coalizão faz lobby para o setor de serviços desde bancos à empresas de telecomunicações em dezenas de países, entre eles os Estados Unidos, a União Europeia, Japão, Canadá, Brasil e Índia.
A carta apelou para que os líderes não estruturem pacotes de estímulo que possam prejudicar o comércio, argumentando que medidas destinadas a impulsionar a demanda podem inevitavelmente elevar as importações em uma economia globalizada assim como ajudar empresas domésticas.
"Se mantivermos os mercados globais abertos às exportações, seus empregos também serão mantidos... o comércio será parte da recuperação, desde que mantenhamos uma abordagem aberta", disse.
"Medidas de estímulo a curto-prazo devem, portanto, ser concebidas de maneira a não comprometer o comércio internacional e o crescimento global".
A coalizão disse que os líderes do G20, que se encontrarão no sul da Inglaterra no dia 2 de abril, devem reforçar e estender a moratória sobre novas barreiras comerciais e dar à Organização Mundial do Comércio (OMC) um mandato ampliado para monitorar o cumprimento à regra.
O grupo apelou também aos membros do G20 para superar diferenças restantes na Rodada de Doha sobre a abertura do comércio mundial e evitar procurar exceções que possam prejudicar o objetivo de liberalização.
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