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Protesto na Bosch aconteceu durante a troca de turno dos funcinários | Valterci Santos/Gazeta do Povo
Protesto na Bosch aconteceu durante a troca de turno dos funcinários| Foto: Valterci Santos/Gazeta do Povo

O Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) promoveu, nesta sexta-feira (5), uma manifestação de protesto contra as demissões arbitrárias no setor metalúrgico que vem ocorrendo em fábricas localizadas na capital paranaense. O sindicato quer evitar que a série de demissões prossiga.

A primeira manifestação aconteceu na frente da Bosch, por volta das 14h30, com a participação de cerca de mil pessoas. Às 17 horas estava previsto um segundo protesto na frente da Volvo, na troca de turno dos funcionários, que não chegou a acontecer. A manifestação foi adiada para a manhã da próxima segunda-feira (8). Ambas fábricas estão situadas na Cidade Industrial de Curitiba (CIC).

Em assembléia com os trabalhadores na Bosch, o sindicato propôs impedir a entrada de funcionários na fábrica, caso ocorra uma nova demissão. A mesma proposta será apresentada na Volvo.

O SMC também reclama que as empresas não têm consultado o sindicato para negociar as demissões. Durante a 5ª Marcha Nacional dos Trabalhadores, que aconteceu na última quarta-feira (5), em Brasília (DF), promovida pelas Centrais Sindicais, os sindicalistas entregaram um documento ao Governo Federal pedindo que as demissões sejam negociadas, diante da crise mundial que está sendo anunciada.

Demissões

No início desta semana, a Volvo anunciou a dispensa de 430 trabalhadores na fábrica localizada em Curitiba. Desses, 250 seriam funcionários com contrato temporário e os outros 180 do quadro efetivo. Com a demissão, a planta passou a ter 2.410 trabalhadores. A empresa apontou como razões para o corte de empregos o desaquecimento das vendas internas, a redução das exportações e a previsão de que o mercado brasileiro de caminhões terá uma retração de 20% em 2009.

Na Bosch, empresa que produz bombas injetoras e componentes para o sistema a diesel, desde o mês de janeiro cerca de 800 trabalhadores foram demitidos. Nesta semana foram dispensados 200. A empresa alega que a crise mundial afetou as vendas e principalmente as exportações, que hoje giram entre 60% e 70% da produção. A planta de Curitiba da empresa tem hoje cerca de 4,5 mil trabalhadores. Recentemente, eles fizeram greve de três dias por acordo coletivo na data-base.

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