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Trabalhadores da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), rejeitaram a proposta oferecida nesta quinta-feira (12) pela empresa em relação ao pedido de melhorias nas condições de saúde e segurança feitas pelo Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina (Sindipetro PR-SC). A desaprovação, segundo o sindicato, aconteceu porque a postura da refinaria ficou fora do esperado pelos trabalhadores, principalmente nas questões de segurança.

O cumprimento das exigências é, conforme a entidade, a única opção para que os petroleiros aceitem voltar a trabalhar na Unidade de Destilação U-2100, cujo funcionamento foi paralisado em consequência do acidente ocorrido no dia 28 de novembro.

Desde o acidente, a produção na refinaria está totalmente parada, pois a unidade afetada é o ponto de partida do processo de refino do petróleo. Boa parte dos trabalhadores que estão ajudando nos reparos são funcionários da Repar. Conforme o sindicato, o trabalho é normal apenas no setor de tancagem da refinaria, onde é estocado parte da gasolina e do diesel trazidos à refinaria através de Paranaguá e São Francisco do Sul (SC).

Na última semana, parte da unidade afetada pelo acidente foi interditada pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) porque o local oferecia riscos aos trabalhadores envolvidos na recuperação.

Mesmo assim, segundo um dos diretores do sindicato, Mario Alberto Dalzot, a proposta feita nesta quinta-feira pela Repar diz que o local já está em condições adequadas para que os trabalhos sejam reiniciados. "Eles querem partir de qualquer jeito, mas nós estamos preocupados e inseguros. Só vamos voltar se tivermos as recomendações atendidas e se as autoridades liberem", disse o diretor, referindo-se a um aval SRTE/TEM que eles aguardam para retornar aos trabalhos. "Pela proposta dela [Repar] está tudo ok, mas ninguém mostrou um laudo pra gente", argumentou.

A assessoria de imprensa da Petrobras, proprietária da Repar, não foi localizada no início da noite desta quinta para comentar a rejeição da proposta pelo sindicato dos trabalhadores e a possibilidade de greve na refinaria.

Assembleia pode deflagrar greve a partir desta sexta-feira

Desde a manhã desta quinta-feira, o Sindipetro PR-SC realiza sessões de uma assembleia que discute as propostas da Repar e que também delibera sobre uma possível deflagração de greve para esta sexta-feira (13). Nos dois encontros feitos até às 18 horas desta quinta os trabalhadores votaram pela paralisação dos serviços.

Mais duas sessões serão realizadas nesta sexta-feira, uma às 7 horas e outra às 14 horas. Caso a maioria opte pela greve, os trabalhos podem ser interrompidos por tempo indeterminado logo após a decisão final.

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