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Menos da metade das empresas abertas em 2009 ainda funcionavam em 2013. | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
Menos da metade das empresas abertas em 2009 ainda funcionavam em 2013.| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

A taxa de sobrevivência das empresas brasileiras em 2013 foi a maior desde 2008, informou na sexta-feira (4), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou a Demografia das Empresas 2013. Ao longo do tempo, porém, o sucesso diminui, e menos da metade das empresas criadas em 2009 ainda estavam ativas há dois anos. A pesquisa utiliza dados do Cadastro Central de Empresas (Cempre).

INFOGRÁFICO: A evolução das empresas abertas no Brasil

Em 2013, havia 4,8 milhões de empresas ativas no país, sendo 81,7% delas (3,9 milhões) sobreviventes. “As empresas vêm se mantendo mais estáveis, estão conseguindo se fixar mais no mercado”, afirmou Francisco de Souza Marta, gerente do IBGE.

A taxa de sobrevivência mede quantas empresas ativas no ano de referência da pesquisa já estavam em operação no período anterior, 2012. Quanto maior o porte da empresa, maior é essa taxa. Entre as regiões, a sobrevivência é maior no Sul e no Sudeste.

Ao longo do tempo, porém, o sucesso vai diminuindo. Tanto que, das companhias fundadas em 2009, só 47,5% ainda sobrevivia no mercado em 2013.

“As empresas que saíram nesse período estão muito relacionadas a serviços pessoais, como alojamento e alimentação. Geralmente não têm empregados, quem gere são os próprios donos. A sobrevivência depende muito da estrutura da empresa”, explicou o pesquisador.

Além das sobreviventes, outras 871,6 mil empresas entraram no mercado em 2013, enquanto 695,7 mil empresas saíram do mercado. O saldo nos últimos anos tem sido sempre positivo, salientou o IBGE.

As empresas de alto crescimento, porém, tiveram um saldo negativo de 1,8 mil em 2013. Segundo a definição da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), esse tipo de empresa apresenta crescimento médio do pessoal ocupado assalariado igual ou maior a 20% ao ano, por um período de três anos. Também é necessário que elas tenham pelo menos dez trabalhadores assalariados no ano inicial de observação.

A redução mostra que menos empresas conseguiram manter o ritmo de expansão na mão de obra. “Não se manteve o ritmo de contratações”, disse a técnica Kátia Medeiros de Carvalho, responsável pelo Cempre.

Considerando todos os tipos de empresas, o número de pessoas ocupadas nas empresas do país avançou 3,1% em 2013 em relação ao ano anterior, o que significa a geração de 1,3 milhão de postos de trabalho. Destes, 1,1 milhão são assalariados. O crescimento foi menor do que o observado em 2012.

De acordo com o IBGE, 97,5% dos assalariados estavam nas empresas sobreviventes, enquanto 2,5% estavam nas empresas entrantes no mercado e 1,5% nas que saíram.

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