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São Paulo - Há mais de nove meses o mercado de câmbio doméstico não via um "tombo" como o de ontem, que jogou as taxas para preços não vistos desde o fim de agosto de 2008. Nas últimas operações do dia, o dólar comercial foi cotado a R$ 1,629, em baixa de 1,51%. Os preços da moeda americana oscilaram entre R$ 1,645 e R$ 1,629.

O pano de fundo para a desvalorização cambial neste ano é o for­te ingresso de recursos externos nestes primeiros meses, bem como a perspectiva de que esse fluxo continue nos próximos meses. Um fator sempre citado é a diferença entre os juros domésticos e externos, bem como a disponibilidade de recursos na praça internacional.

Mas um fator sazonal – a proximidade do fim do mês e do trimestre – acentuou esse viés negativo. A Ptax (taxa média de câmbio, calculada pelo Banco Central) do último dia útil serve para liquidar uma série de contratos financeiros atrelados à moeda americana.

Por esse motivo, os agentes financeiros costumam entram no mercado para influenciar na formação dessa taxa, para garantir o resultado mais favorável a sua aplicação. E ontem, boa parte das "apostas" no mercado financeiro ganha com a baixa das cotações. "Hoje [ontem] foi um dia um pouco atípico, meio fora da curva. É bastante provável nós vermos um repique das taxas, mas a partir do dia 1.º de abril. Amanhã [hoje] tem mais [pressão sobre o dólar]", disse Tarcisio Joaquim, diretor da área internacional do Banco Paulista.

Leilão do BC

Apesar desse tombo da moeda norte-americana, durante toda a manhã o Banco Central deixou o mercado solto. Só no começo da tarde, quando a moeda norte-americana estava nas mínimas, é que a autoridade monetária agiu. Além de comprar dólares, a autoridade econômica ainda lançou contratos de "swap", equivalente a intervenções no mercado futuro. Essas intervenções, contudo, tiveram efeito limitado sobre a formação de preço, e a desvalorização do dólar perdeu um pouco de força.

Bolsas

A BM&FBovespa subiu 0,86%, aos 67.997 pontos, colada no desempenho das demais bolsas. Sem maiores novidades no Japão e na Líbia, uma visão mais otimista sobre o emprego nos EUA contribuiu para o bom humor dos investidores.

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