Pelo menos 110 pessoas foram detidas nesta quarta-feira (14) e 40 ficaram feridas em confrontos e incidentes entre a polícia e manifestantes em diversas partes da Espanha durante a greve geral convocada no país. Fontes do Ministério do Interior espanhol informaram que, entre os feridos, estão pelo menos 18 policiais.
Houve protestos em várias partes da Europa nesta quarta. Trabalhadores convocaram greve geral em Portugal e o setor de transportes na Bélgica foi paralisado. As manifestações são contra as medidas de austeridades dos governos europeus devido a crise financeira no bloco econômico.
Em Madri, pelo menos 15 pessoas ficaram levemente feridas em uma intervenção policial contra várias centenas de "indignados" que se manifestaram no centro da capital espanhola. Os choques explodiram quando os manifestantes e outros grevistas tentaram tomar a emblemática Praça de Cibeles, onde encontraram um grande cordão policial.
A greve geral, convocada pelos principais sindicatos espanhóis, faz parte uma ação coordenada na Europa para protestar pelas políticas de austeridade econômica para enfrentar a crise. EFE
A greve geral na Espanha começou com uma adesão "em massa", de acordo com os sindicatos. O protesto, convocado pelos sindicatos e organizações sociais contra as políticas de cortes do governo, é a segunda greve geral que enfrenta o Executivo de Mariano Rajoy desde dezembro, quando assumiu o poder.
As centrais sindicais informaram que houve uma enorme adesão nos grandes setores industriais e de serviços, assim como nos mercados, em grandes obras de infraestrutura e nas indústrias energéticas.
O Governo, no entanto, assinalou que a greve tem uma incidência desigual nos mercados e baixa no transporte, e registrou o fechamento pontual de algumas fábricas de automóveis.
A diretora geral de Política Interna, Cristina Díaz, disse à imprensa que estão sendo cumpridos os serviços mínimos pactuados com as centrais sindicais e que não há grandes alterações, apesar de alguns distúrbios terem terminado com detenções e feridos, a maior parte deles na capital espanhola.
A greve forçou o cancelamento de 131 voos nas primeiras horas do dia. Das 2.322 viagens programadas para hoje, 1.344 estão protegidas pelo acordo.
O secretário-geral do sindicato CCOO, Ignacio Fernández Toxo, acusou o Governo de aplicar "medidas suicidas", enquanto o líder de UGT, Cándido Méndez, pediu aos cidadãos que façam uma greve de consumo e não comprem nada durante o dia de hoje.
Protestos na Europa
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