Brasília (Folhapress e AE) Os números do comércio exterior brasileiro continuam positivos e o saldo da balança supera os US$ 22 bilhões no ano, apesar do recuo na cotação do dólar, que há mais de um mês está abaixo de R$ 2,40. Até a terceira semana de julho, o superávit comercial, diferença entre exportações e importações, está em US$ 22,369 bilhões, um crescimento de 34% sobre o registrado no mesmo período do ano passado. O saldo acumulado no ano é resultado de exportações de US$ 59,433 bilhões, menos importações de US$ 37,064 bilhões.
Os dados divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento (MDIC) mostram também que somente em julho o superávit chegou quase a US$ 2,7 bilhões, com exportações de US$ 5,755 bilhões e importações de US$ 3,057 bilhões. Contou para esse desempenho o resultado da terceira semana de julho, que teve um saldo positivo de US$ 985 milhões. As exportações totalizaram US$ 2,426 bilhões e as importações, US$ 1,441 bilhão.
A média diária das exportações, total vendido por dia útil, está em US$ 523,2 milhões, um crescimento de 28% até o dia 17, na comparação com o mesmo mês do ano passado.
Os indicadores da balança comercial revelam que os embarques de produtos básicos subiram 39,9%. Os destaques nesse segmento são as carnes suína, de frango e bovina, petróleo em bruto, minério de ferro, café em grão, fumo em folhas, soja em grão e farelo de soja.
Os semimanufaturados apresentaram aumento nas vendas externas de 31,6%, puxados por ferro fundido, açúcar em bruto, semimanufaturados de ferro e aço, ferro-ligas, couros e peles, alumínio em bruto e madeira serrada. As exportações de manufaturados cresceram 19,4% no período, com destaque para as vendas de gasolina, chassis com motor, aparelhos transmissores e receptores, automóveis de passageiros, laminados planos, autopeças, motores para veículos, tratores, açúcar refinado e calçados.
Do lado das importações, a média diária está em US$ 277 9 milhões, 10,6% superior à de julho de 2004, quando atingiu US$ 251,2 milhões. O maior crescimento foi na entrada de produtos siderúrgicos, cujas compras aumentaram em 48,7%. Em seguida, vêm equipamentos elétricos e eletrônicos (35,7%), borracha e obras (30,3%), plásticos e obras (26,8%), instrumentos de ótica e precisão (25,6%), veículos automóveis e partes (19,7%), equipamentos mecânicos (16,6%) e químicos orgânicos e inorgânicos (13,4%).