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Mesmo sem utilizar o termo "fraude", o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, admitiu nesta terça-feira (5) que o tamanho da suspeita de fraude no Banco Cruzeiro do Sul de R$ 1,3 bilhão "não é pequeno".

"Tanto não é pequeno que decretamos desde ontem (segunda-feira) o regime de administração especial temporária", afirmou Tombini, ao ser questionado pelo deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ). O parlamentar alegou que o BC falava que o banco era pequeno e perguntou se a fraude do Cruzeiro do Sul era grande para os padrões da sociedade brasileira.

Depois de ser muito questionado por parlamentares da Comissão Mista de Orçamento (CMO), não apenas sobre esse banco, mas outros que também apresentaram problemas nos últimos anos, Tombini afirmou que a autoridade monetária não pode deixar que instituições que não têm condições de sobrevivência continuem a operar.

Tombini afirmou que casos como o do Cruzeiro do Sul, que desde ontem está sob o tipo mais brando de intervenção do BC, fazem parte do processo de saneamento do Sistema Financeiro Nacional. Ele alegou que o grupo de bancos pequenos e médios são um segmento importante do sistema financeiro. Segundo Tombini, esse grupo de instituições tem um índice de Basiléia de 17%: acima da média do mercado que é de 16%.

O presidente do BC informou que os bancos pequenos e médios tiveram um lucro de R$ 1,6 bilhão no primeiro trimestre, ou seja, 11% de tudo que lucrou o sistema nesse período. "Ou seja, não só o sistema financeiro é sólido, mas esse subsegmento de 128 instituições também apresenta solidez no que se refere a capital e rentabilidade, afirmou Tombini, que completou: "Agimos quando os problemas aparecem".

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