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Em setembro do ano passado, a taxa de desocupação estava em 4,9% | Marcos Santos/ USP Imagens
Em setembro do ano passado, a taxa de desocupação estava em 4,9%| Foto: Marcos Santos/ USP Imagens

A taxa de desemprego apurada nas seis principais regiões metropolitanas do Brasil ficou em 7,6% em setembro, estável ante agosto, segundo dados sem ajuste sazonal divulgados na manhã desta quinta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A taxa de desemprego de setembro é a maior para o mês desde 2009, quando ficou em 7,7%. Em setembro do ano passado, a taxa de desocupação estava em 4,9%. O avanço de 2,7 ponto porcentual em base anual é o mais intenso já registrado na série da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que tem dados desde março de 2003 neste confronto.

A baixa confiança dos empresários na economia, atrelada aos juros altos, crédito restrito e perspectiva de queda do PIB contribui para o cenário negativo.

A PME investiga as seis principais regiões metropolitanas do país e é menos abrangente que a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), cujo levantamento ocorre em todos os estados da federação.

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Desocupados

O país encerrou setembro com 1,8 milhão de pessoas desocupadas, que são os desempregados que estão na fila por emprego. Esse montante cresceu, no intervalo de um ano, em 56,6%, com 670 mil novas pessoas dando entrada nessa condição. Na comparação de setembro com agosto, houve estabilidade – 4.000 pessoas entraram na fila do emprego, o que representou leve alta, de 0,2%.

O número de pessoas ocupadas em empregos formais e informais em setembro atingiu 22,6 milhões, queda de 1,8% em relação ao apurado em igual período do ano passado

“As pessoas estão descrentes de que vão arrumar um emprego efetivamente, e saem da pesquisa. Estão fazendo bicos, estudando para alguma especialização e isso é normal nesse período de crise”, disse o economista-chefe da Austin Rating Alex Agostini.

No intervalo de um ano, 420 mil postos de trabalho foram fechados. Na passagem de agosto para setembro, houve corte de 41 mil vagas de trabalho.

Segundo Agostini, a tendência sazonal de criação de vagas no fim do ano teve acontecer num padrão bem abaixo da média histórica, e a tendência é que a taxa de desemprego caia até o fim do ano. “Mas isso não significa que está bom. Existe falta de perspectiva de conseguir emprego”, disse ele, para quem a taxa fechará este ano em 7%.

Massa de renda

A massa de renda real habitual dos ocupados nas seis principais regiões metropolitanas do país somou R$ 50,1 bilhões em setembro, o que significa queda de 0,6% em relação a agosto, informou o IBGE. Na comparação com setembro de 2014, o montante diminuiu 6,1%.

Já a massa de renda real efetiva dos ocupados totalizou R$ 50,3 bilhões em agosto deste ano, queda de 0,5% em relação ao mês de julho. Ante agosto de 2014, houve redução de 6,3% na massa de renda efetiva.

O rendimento médio real do trabalhador, já descontados os efeitos da inflação, foi de R$ 2.179,80 em setembro de 2015, segundo o IBGE. O resultado significa recuo de 0,8% em relação a agosto e redução de 4,3% ante setembro do ano passado.

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