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A taxa de inadimplência subiu 5,67% em janeiro deste ano, na comparação com o mês anterior, informou nesta quinta-feira (11) a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, em conjunto com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).

"O comprometimento da renda dos consumidores com gastos de fim de ano e aqueles peculiares a janeiro (IPVA, IPTU, material e matrícula escolares e o maior número de compromissos assumidos em função das compras de Natal) exerceu significativa pressão sobre o desempenho do comércio varejista brasileiro", avaliaram as entidades.

Na comparação com janeiro de 2009, porém, foi registrada uma queda de 3,14% na taxa de inadimplência. Segundo a CNDL/SPC, esse resultado se deve, principalmente, ao aumento do rendimento real e, também à evolução do crédito ao consumidor.

Perfil dos inadimplentes

No mês de janeiro, a maioria dos inadimplentes (55,96%) é do sexo feminino, informaram a CNDL e a SPC Brasil. Por faixa etária, a maioria dos registros (27,75%) ocorreu na idade entre 30 e 39 anos e a minoria (5,94%) representa pessoas com mais de 65 anos.

No mês passado, as entidades registraram maior número de inadimplentes nas faixas acima de R$ 100 (54%). "A concentração em valores mais altos é explicada pela redução do IPI de móveis e eletrodomésticos. Somam-se as despesas com matrículas escolares, impostos no início de ano e viagens, motivos que levam a estourar o orçamento", avaliaram as entidades.

Consultas

As entidades informaram ainda que o número de consultas (indicador relacionado com o volume de vendas) teve "significativa queda" de 25,83% em janeiro deste ano, na comparação com o último mês de 2009.

"O baixo movimento era esperado, tendo em vista que dezembro é o melhor período para o setor, e janeiro exige maior esforço de endividamento dos cidadãos", avaliaram a CNDL/SPC.

Na comparação com janeiro de 2009, entretanto, houve um aumento de 7,11% nas consultas realizadas pelos lojistas. De acordo com o presidente da CNDL, Roque Pelizzaro Junior, esse é um crescimento "significativo".

"Isso porque o Brasil inicia 2010 com quadro econômico inteiramente distinto de 2009. A confiança do consumidor na economia e na manutenção do emprego redundaram na elevação do poder aquisitivo das classes C, D e E; e na expansão da demanda reprimida por bens de consumo", informaram.

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