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Sinvaldo Baglie, diretor do Lapmed, diz que serão contratadas mais 30 pessoas | Josue Teixeira / Gazeta do Povo
Sinvaldo Baglie, diretor do Lapmed, diz que serão contratadas mais 30 pessoas| Foto: Josue Teixeira / Gazeta do Povo

Em alguns meses, remédios contra o câncer serão produzidos pelo Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) no prédio do Laboratório Industrial para Produção de Medicamentos (Lapmed) da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), nos Campos Gerais. O convênio foi firmado no mês passado. O prédio do Lapmed vai receber investimentos de cerca de R$ 7 milhões para iniciar a produção de medicamentos. Com o convênio, o Tecpar entrará no nicho da produção de medicamentos.

O Lapmed é ligado ao curso de Farmácia da UEPG, que tinha uma linha de produção de remédios até 2005. A produção foi paralisada por não se adaptar às novas exigências da legislação brasileira de produção de medicamentos. A experiência do curso nesta área e a existência de um laboratório, que hoje é utilizado apenas para pesquisas, facilitou a elaboração do convênio.

Conforme o responsável pelo Lapmed, professor Sinvaldo Baglie, o espaço vai ganhar uma "nova cara" com adaptações no prédio e a aquisição de novos equipamentos. Também será necessária a contratação de mais 30 pessoas. Hoje, apenas seis profissionais trabalham no prédio. Inaugurado em dezembro de 2010 ao custo de R$ 1,9 milhão, o Lapmed fica no câmpus de Uvaranas e tem 1.643 metros quadrados.

De acordo com o diretor-presidente do Tecpar, Julio Felix, serão produzidos dois medicamentos oncológicos que serão vendidos ao Sistema Único de Saúde (SUS). Um parceiro, que não teve o nome divulgado porque as negociações estão em andamento, irá transferir a tecnologia dos dois remédios ao Tecpar. Segundo Felix, a captação do recurso de R$ 7 milhões ainda não está definida. "Estamos negociando com parceiros, com o próprio estado e o Ministério da Saúde", afirma.

Estudantes

Os acadêmicos de Farmácia da UEPG também vão usar o novo câmpus do Tecpar em Ponta Grossa. Eles têm de cumprir estágio no último ano do curso em laboratório industrial e até então havia poucas opções no município e na região. A maioria opta por estagiar em laboratórios industriais de alimentos, que é permitido pelo curso.

A acadêmica Caroline Koga Plodek, que pesquisa folhas de guaco no Lapmed, diz que a ativação do laboratório irá trazer benefícios para os alunos. "Aqui já tem todos os equipamentos da indústria", acrescenta.

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