O uso do patrimônio da Rede ferroviária federal (RFFSA) como garantia de pagamento de dívidas trabalhistas em ações judiciais provocou uma série de leilões dos imóveis da empresa em Curitiba nos últimos cinco anos. O terreno onde funciona a rodoferroviária, por exemplo, já foi vendido três vezes, com leilão cancelado em seguida por pagamento da dívida. No próximo dia 20, a história pode se repetir: a área de mais de 50 mil metros quadrados da rodoferroviária vai à leilão, avaliada em R$ 14 milhões.
"Não sei informar ainda de quanto é a dívida trabalhista que provocou o agendamento do leilão", diz Mauro Mello Piazzetta, chefe da regional da rede no Paraná. Em junho deste ano, a rodoviária foi arrematada por R$ 7,5 milhões para garantir o pagamento de uma ação trabalhista de R$ 25 mil. "Dependendo do processo, os advogados conseguem cancelar o leilão. Quando ele chega a acontecer, a rede acaba providenciando o pagamento da dívida nas 24 horas seguintes à compra, que é prazo legal que temos para anulá-la", diz Piazzetta.
O terreno da rodoferroviária foi cedido em comodato para a prefeitura de Curitiba em 1969 e fica disponível até 2009. "O maior interessado naquela área e no contorno dela é a própria prefeitura", informa o chefe da regional. A prefeitura confirma o interesse, por meio de assessoria de imprensa, mas prefere não comentar o assunto, por considerar que ainda é cedo para isso.
Novos leilões
Outro imóvel que corre o risco de ir à leilão devido à ações judiciais é o prédio de mais de 13 mil metros quadrados de área construída, onde funcionava a sede da rede na capital. A construção hoje é ocupada por apenas 20 pessoas. "O prédio foi usado para penhoras trabalhistas que somam cerca de R$ 20 milhões, enquanto a rede não saldar todas as dívidas, não há nada que possamos fazer com ele. Algumas escolas e igrejas já mostraram interesse na construção, mas ela terá de continuar ociosa", afirma Piazzetta. (PK)
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