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Nove meses depois do início do teste de longa duração (TLD) da área de Tupi, na Bacia de Santos, a estimativa entre 5 bilhões e 8 bilhões de barris para o reservatório do bloco já é tida como conservadora pelos técnicos responsáveis pelo trabalho, no navio plataforma Cidade de São Vicente. O clima na plataforma é de extremo otimismo, como constatou nesta quarta-deira a Agência Estado, na primeira visita de jornalistas ao local. O engenheiro de petróleo Paulo Buschinelli, gerente de operações do TLD, explicou que já foram perfurados três poços no entorno da área para os estudos de delimitação do futuro campo produtor.

Por causa das vastas dimensões do reservatório, o consórcio operador (Petrobras, com 65%; BG, 25%, e Petrogal, 10%) teve de pedir à Agência Nacional do Petróleo (ANP) autorização para aumentar a produção na plataforma. Os 14 mil barris diários autorizados pela agência não foram suficientes para os testes de pressão nos outros poços, tamanha a espessura do reservatório. Nesses testes, poços perfurados a uma distância de cerca de 20 milhas (30 quilômetros) do centro da produção medem a pressão causada pela retirada do óleo e gás. A vazão teve de ser ampliada para 20 mil barris/dia para criar algum efeito no entorno.

"As expectativas são bem firmes. Não é sonho, é realidade. Estamos acostumados a um padrão de Albacora, Marlim (campos gigantes da Bacia de Campos), mas este reservatório excede até o de Roncador (o maior campo produtor atual)", afirmou Buschinelli Cauteloso, ele prefere não arriscar novas previsões à estimativa feita em novembro de 2007, quando foi anunciada a descoberta de Tupi. Também não há preocupação em ampliar rapidamente a produção de Tupi. "Por enquanto, nossa preocupação não é com produção, isso é secundário. Mais importante é o conhecimento que estamos ampliando sobre Tupi, com informações praticamente diárias. O reservatório é muito grande e a espessura é grande também", disse

Atualmente, está sendo perfurado um poço em Tupi Nordeste. "Ainda não sabemos se é o mesmo reservatório", afirmou o técnico O prazo para decretação de comercialidade da área de Tupi - quando normalmente é informado o volume do campo de petróleo e dado início ao período de produção comercial - termina em 31 de dezembro. Em 31 de agosto, o navio-plataforma Cidade de São Vicente, afretado da empresa norueguesa BW Offshore, deixa o local e o poço será temporariamente, para ser substituída por uma plataforma de produção-piloto, com capacidade para extração de 100 mil barris/dia. A expectativa inicial é de que possam ser instaladas entre quatro a seis plataformas com a mesma capacidade quando a área for identificada como campo de produção e estiver em produção plena. Isso poderia elevar Tupi, sozinho, ao mesmo nível de produção de um país integrante da Opep, como o Equador, por exemplo.

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