Uma liquidação do Banco do Cruzeiro do Sul dependerá mais do tipo do passivo do que de seu montante, disseram executivos da área de relações com investidores do banco e do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), responsável pela administração da instituição, em teleconferência com analistas. "Mais do que o tamanho de um eventual passivo, o mais importante é a natureza dele", disse nesta terça-feira Celso Antunes da Costa, diretor do FGC e administrador do banco sob o Regime Especial de Administração Temporária (Raet), decretado pelo Banco Central na véspera. Costa salientou, no entanto, que considera o cenário de liquidação improvável. Em vez disso, trabalha com a tendência de que o Cruzeiro do Sul será vendido a investidores. "Nosso cenário base é de venda", afirmou. "Achamos que o banco tem valor de mercado e pode ser vendido". O executivo reiterou o que dissera na véspera, garantindo que todas as obrigações passivas do banco serão honradas durante os 180 dias da administração pela Raet, e que não haverá deságio sobre os títulos que forem resgatados. No caso de liquidação, porém, terão preferência os credores trabalhistas, tributários, quirografários e donos de títulos emitidos no exterior, respectivamente, disse o diretor de relações com investidores do banco, Fausto Vaz Guimarães Neto.
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