Nesta terça-feira (03), o presidente norte-americano Donald Trump fez seus comentários mais pessimistas em semanas sobre um acordo comercial com a China, apenas um dia depois de aumentar as tensões com o Brasil, Argentina e França, enviando calafrios por Wall Street e deixando claro que não haveria trégua em suas táticas protecionistas.
Falando no primeiro dia da cúpula dos 70 anos da OTAN, Trump disse que estava aberto a esperar até depois das eleições de 2020 para chegar a um acordo comercial com os chineses, um forte afastamento de seu posicionamento em outubro, quando disse que um acordo da "primeira fase" estava quase completo. "De certa forma, eu gosto da ideia de esperar até depois da eleição para o acordo com a China, mas eles querem fazer um acordo agora e veremos se ele vai ou não ser certo", disse Trump a repórteres em Londres.
A média industrial da Dow Jones caiu 400 pontos (ou 1,4%) após os comentários e a Standard & Poor's caiu cerca de 1,3% após uma segunda-feira difícil em Wall Street, estimulada por dados decepcionantes de manufatura e construção e pelo repentino anúncio de Trump de que ele restabeleceria tarifas sobre aço e alumínio do Brasil e da Argentina.
Histórico recente
Durante grande parte da prolongada guerra comercial com Pequim, Trump se contradiz sobre quando um acordo pode ser alcançado ou quão disposto ele está a vir para a mesa. O próximo "prazo final" é 15 de dezembro, quando um novo conjunto de taxas dos EUA atingirá aproximadamente US$ 160 bilhões em produtos chineses. Fontes familiarizadas com as negociações disseram ao Washington Post no mês passado que essas tarifas desapareceriam se um acordo fosse previamente mediado.
Em outubro, Trump disse que EUA e China chegaram a um acordo de "fase um", mas as autoridades chinesas nunca confirmaram que um acordo era iminente e disseram que as negociações continuam em andamento. Os comentários mais recentes de Trump na terça-feira sugerem que um acordo pode estar mais distante do que ele alegara anteriormente.
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