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5G China
Logo da tecnologia 5G em Hangzhou, na China| Foto: AFP

A União Europeia deve avisar os potenciais fornecedores de tecnologia 5G que serão avaliados com base na legislação dos países em que irão operar, o que pode excluir as empresas chineses de contratos lucrativos para as redes de telecomunicação. "Fatores, como o quadro legal e de política empresarial ao qual os fornecedores podem estar sujeitos em países terceiros, deveria ser considerado", diz o esboço de uma declaração obtido por Bloomberg e que deve ser divulgado só mês que vem.

A declaração da UE mostra que o bloco avalia o risco de um potencial cenário de pesadelo em que hackers ou países hostis podem tomar conta de tudo, desde a rede elétrica até as comunicações da polícia. E alerta contra a confiabilidade dos fornecedores de países com governos antidemocráticos.

Autoridades dos Estados Unidos e Europa têm repetidamente sinalizado preocupação em relação à parceria com fabricantes chineses de tecnologia 5G, como Huawei. As empresas da China são obrigadas a dar suporte aos órgãos de inteligência nacionais durante as investigações, embora autoridades da Pequim e a Huawei digam que há exceções a essas regras e que a companhia não é necessariamente forçada a fazê-lo.

Itens-chave para a próxima geração de infraestrutura "como componentes críticos para a segurança nacional serão fornecidos apenas por parceiros confiáveis", segundo o esboço dos governos europeus. A construção do 5G deve ser "ancorado firmemente nos valores fundamentais da UE, como os direitos humanos e as liberdades fundamentais, estado de direito, proteção da privacidade, dados pessoais e propriedade intelectual, e comprometimento com a transparência".

O texto evidencia também "a necessidade de diversificar os fornecedores para evitar ou limitar a dependência de um único fornecedor" assim como a "importância da soberania tecnológica europeia e a promoção global da abordagem da UE à cibersegurança". Além da Huawei, as europeias Nokia Oyi e Ericsson AB fornecem tecnologia 5G.

Os países europeus têm a palavra final se banir ou não um fornecedor por motivos de segurança. A chanceler alemã Angela Merkel permitiu que Huawei operasse no país sob condição que preenchesse standards de segurança, embora tenha sido intensamente pressionada por seu próprio partido para que banisse a empresa chinesa.

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