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Ultrarricos
| Foto: Bigstock

A população mundial de ultrarricos - pessoas com um patrimônio líquido superior a US$ 30 milhões (R$ 122,9 milhões pela cotação desta quarta) - cresceu 0,8% no ano passado, segundo a consultoria WealthX. É um grupo formado por 265,5 mil pessoas, concentradas principalmente na América do Norte, Europa e Ásia (91% do total). Juntos, eles somam uma riqueza de US$ 32,3 trilhões, o equivalente a 16 brasis.

Mas quem são esses ultrarricos? Eles respondem por 1,2% mundial de milionários. A maior parte de sua riqueza é formada por ativos mais líquidos como recursos em caixa, dividendos e outras fontes de renda. Participações em empresas também respondem por uma parte relevante de seu patrimônio.

Segundo a consultoria, essa maior preocupação em ter ativos mais líquidos é, em parte, um reflexo das condições da economia mundial após a crise financeira de 2008-9. “Eles buscam flexibilidade em seus investimentos”, aponta a WealthX.

E um dos desafios que eles enfrentam no momento é a busca de maior rentabilidade, em um cenário em que há taxas de juro extremamente baixas, maior deslocamento de capitais, bancos mais enfraquecidos e aumento na incerteza geopolítica global.

Origens da riqueza e paixões dos ultrarricos

Mais da metade deste grupo tem raízes em cinco segmentos: bancos e setor financeiro; consumo e serviços voltados para negócios; imobiliário; conglomerados industriais e organizações sociais e sem fins lucrativos.

Só bancos e setor financeiro respondem por 22,9% das raízes dos multimilionários. “Isto mostra o papel dominante dos serviços financeiros na geração de grandes riquezas nas décadas mais recentes, particularmente nos mercados de capital mais liberalizados, como nos Estados Unidos, Europa, Japão e Hong Kong.”

Dois em cada três ultrarricos construíram seu patrimônio por conta própria. Só 8,5% dependeu exclusivamente de heranças.

85,4% dos ultrarricos é homem. E à medida que a faixa etária desse grupo aumenta, há menos mulheres. Entre os multimilionários com menos de 50 anos, 18,8% são mulheres. Entre os que tem mais de 70, esse número cai para 14,1%.

Os interesses desse grupo variam conforme a idade. Mais de um terço deles estão envolvidos em atividades filantrópicas. Entre os menores de 50 anos, os principais interesses, paixões e hobbies são os esportes, a tecnologia e a filantropia.

Esportes e atividades filantrópicas dividem a atenção dos ultrarricos que tem entre 50 e 70 anos. Depois vem o setor imobiliário. E para aqueles com mais de 70 anos, a prioridade é a filantropia.

Os ultrarricos estão menos ricos

Apesar da população mundial de multimilionários ter aumentado no ano passado, a riqueza conjunta delas  caiu 1,7%. Menor confiança dos investidores e turbulência nos mercados globais contribuíram para a retração.

“2018 foi um ano desafiador para investidores e mercados de ativos, caracterizado por crescentes tensões no comércio internacional, menor crescimento da economia global e reduzidos estímulos monetários”, explica a consultoria.

Segundo a consultoria, esse cenário contribuiu para a valorização do dólar, o que encorajou a saída de recursos dos países emergentes, aumentando a volatilidade cambial e a aversão ao risco.

“Fortes quedas das ações mundiais de tecnologia, uma queda dramática dos preços do petróleo no final desse ano e os problemas enfrentados pelas empresas automotivas por causa da regulação da emissão de gases agregaram a impressão de que não havia nenhum lugar seguro para os investidores.”

A queda no patrimônio dos ultrarricos aconteceu em todas as regiões, mas foi maior na América Latina e Caribe. A riqueza conjunta caiu para US$ 1,1 trilhão, 7,1% a menos do que em 2017. E o número de pessoas caiu 6%, para 8 mil.

A consultoria aponta que a região foi afetada pela turbulência que atingiu os mercados emergentes; o fraco crescimento; a volatilidade nos mercados de commodities e as incertezas políticas.

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