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Concorrência

Queda da Selic deixou a poupança mais vantajosa

A indústria de fundos cresceu nos últimos anos. O montante aplicado chegou a R$ 2,4 bilhões em junho – a maior parte em renda fixa, que soma R$ 734,2 milhões. Mas, com a queda da Selic e a instabilidade do mercado financeiro, a indústria de fundos ganhou uma concorrente de peso: a poupança, que, ao contrário dos fundos, não tem incidência de Imposto de Renda nem cobrança de taxa de administração. No primeiro semestre, os depósitos superaram os saques na poupança em R$ 28,3 bilhões – um recorde para o período.

Cálculo da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) mostra que a nova poupança ainda é mais vantajosa do que os fundos de renda fixa nos casos em que a taxa de administração é igual ou superior a 1,5%. A poupança antiga, por sua vez, só perde para fundos com taxa de administração de 1% ao ano.

As empresas independentes, não ligadas a bancos, estão reduzindo o valor mínimo exigido para aplicar em fundos de investimento. O menor patamar da taxa básica de juros (Selic) – que encerrou a fórmula do ganho fácil das aplicações em juros – e a instabilidade do mercado têm obrigado investidores a diversificar o port­fólio para manter o ganho das aplicações.

Em geral, os produtos das casas independentes sempre foram destinados aos investidores com patrimônio elevado. As reduções no valor mínimo das aplicações englobam vários tipos de fundos e seguem a estratégia de cada empresa na busca por clientes.

"Os investidores que buscam retorno maior têm de correr mais risco na Bolsa ou em aplicações de fundos sofisticados, normalmente geridos pelas empresas", disse Marcelo Karvelis, sócio da Claritas Investimentos. No fim de 2012, a Claritas reduziu os mínimos exigidos de três fundos. Há opções com mínimo exigido na casa de R$ 5 mil.

A Rio Bravo seguiu a mesma linha. A gestora lançou no mês passado um fundo de previdência com aplicação mínima de R$ 1 mil. Ela fica responsável pela gestão do produto, e a custódia é do banco Bradesco. "Os grandes bancos começaram a oferecer esse tipo de produto, mas as taxas de administração permaneceram altas em alguns casos, ainda da época dos juros elevados", diz Beto Domenici, gestor do Rio Bravo Previdência. O fundo promete taxa de administração de 1,10% ao ano.

A GAP Asset Management mexeu na prateleira dos fundos da categoria multimercado em maio. Os valores iniciais caíram de R$ 50 mil para R$ 5 mil.

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