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Autoridades da Justiça da Argentina realizaram buscas em escritórios da estatal Aerolíneas Argentinas nesta segunda-feira em meio a acusações de que a companhia aérea pagou preços excessivos na compra de aviões da Embraer.

A companhia aérea acertou em maio do ano passado a compra de 20 aviões da Embraer e agora a Justiça investiga Manuel Vázquez, assessor do ex-secretário dos Transportes Ricardo Jaime, por suspeita de superfaturamento no contrato.

"Uma operação foi feita hoje (segunda-feira) pela manhã para buscar documentos de compra dos aviões. É uma investigação de suposto superfaturamento", afirmou à Reuters uma fonte judicial pedindo para não ser identificada.

A compra dos aviões Embraer 190 tem como objetivo recompor a frota da principal companhia aérea argentina, expropriada sem compensação no final de 2008 do grupo espanhol Marsans. O confisco gerou um conflito ainda sem solução com a empresa espanhola acusada pelo governo argentino de má administração.

Em comunicado, a Embraer informou que "repudia veemente especulações sobre a ocorrência de superfaturamento na condução de seus negócios". A companhia divulgou ainda que "não comenta preços e condições comerciais constantes em seus contratos que estão protegidos por cláusulas de confidencialidade".

Segundo a assessoria de imprensa da fabricante, o avião modelo 190 pedido pela Aerolíneas tem preço de tabela de 39,5 milhões de dólares, com base nas condições econômicas do início de 2009. Nenhuma aeronave do pedido foi entregue à empresa argentina, acrescentou a assessoria.

Na segunda-feira, o jornal La Nación publicou reportagem em que afirma que a Justiça argentina investiga Vázquez há cerca de 10 dias, quando uma informação anônima chegou ao juiz federal Sergio Torres e ao diário vinculando o funcionário à compra dos aviões.

"Em uma operação entre países seria impensável algum tipo de manobra dolosa como a que se descreve hoje", afirmou o secretário de Transportes, Juan Pablo Schiavi, segundo a agência estatal de notícias Telam, sobre a reportagem do La Nación.

"Os aviões foram comprados a preços de mercado" e esses valores "se fixam na transação entre as partes", acrescentou.

Segundo ele, foi pago "700 milhões de dólares por 20 aviões".

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