
A reestruturação do Grupo Silvio Santos, após a venda do Banco PanAmericano, deve ter mais um capítulo nos próximos meses: a venda do braço varejista Baú da Felicidade. De acordo com o vice-presidente do grupo, Lázaro do Carmo Jr., o negócio deve ser fechado entre 60 e 90 dias e segue a venda da Braspag, de processamento de pagamentos on-line, para a Cielo, anunciada na terça-feira.
Depois de perder o PanAmericano, após uma fraude contábil que gerou um rombo de R$ 4 bilhões no banco, o Grupo Silvio Santos decidiu se reestruturar para não sofrer os impactos da venda da instituição financeira. Sílvio Santos ainda avaliava ter perdido a corrida no varejo com a consolidação de grandes redes como Pão de Açúcar-Casas Bahia e a Máquina de Vendas, que nasceu da fusão da Insinuante com a Ricardo Eletro.
A varejista paranaense MM Mercadomóveis saiu na frente e, em novembro do ano passado, fez uma oferta, mas o negócio não avançou. Em dezembro, o bilionário mexicano Ricardo Salinas, que tem 30 lojas de sua rede Elektra no Nordeste, também entrou na disputa. O executivo não quis revelar o preço que o grupo está pedindo pelas 127 lojas da rede do Baú, das quais 100 estão no Paraná e as restantes em São Paulo.
O grupo diz que vai focar em três pilares "estratégicos" nos próximos cinco anos: consumo, com a Jequiti Cosméticos; comunicação, com o SBT; e capitalização, concentrando esforços na Liderança Capitalização (Tele Sena). "Nós éramos um grupo muito pulverizado e resolvemos focar naquilo que é o nosso grande conhecimento. Assim, o foco dos investimentos será nos mercados de maior potencial para nós", afirma Carmo. "O banco não vai fazer mais falta para a gente."
Dentro desse plano, o grupo decidiu se desfazer da Braspag e do Baú. Outras empresas, como a seguradora Panseg, a construtora Sisan e os hotéis Jequitimar, permanecem no conglomerado, mas sem grandes investimentos, diz o executivo.
Regra trabalhista gerou 1,7 milhão de empregos, diz estudo. Mas STF limitou seus efeitos
Pedro Guimarães pede demissão da presidência da Caixa após denúncias de assédio sexual
Estado de emergência, auxílios turbinados, “Pix Caminhoneiro”: como ficou o pacote do governo
País gerou 277 mil empregos com carteira assinada em maio