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O mercado de imóveis novos, em Curitiba e região, apresentou aumento de 13,1% nas vendas no mês de agosto, em comparação com o mesmo mês de 2015, alcançando cerca de 500 unidades comercializadas. Esse aumento é puxado pelos apartamentos supereconômicos e pelo segmento superluxo.

Em agosto deste ano, as vendas supereconômicos somaram 320 unidades – no mesmo mês de 2015, não foram registradas vendas neste segmento. O resultado foi influenciado pelo aumento do valor do teto na categoria “supereconômica” do programa Minha Casa, Minha Vida, em que essas unidades se enquadram.

Já os apartamentos superluxo tiveram aumento de um para dez imóveis vendidos, na mesma comparação temporal. Os dados são da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi/PR), em parceria com a BRAIN Bureau de Inteligência Corporativa.

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Segundo Fábio Tadeu Araújo, diretor de pesquisa de mercado Ademi/PR, esse aumento é causado por três fatores. “A economia e o noticiário sobre ela estão melhores, o que aumenta a confiança do comprador. Além disso, estamos com estoques mais pontuais. E vimos, também, os bancos, em principal a Caixa, voltando a aumentar a oferta de créditos”, pontua.

Com as vendas aumentando, o número de imóveis em estoque também diminuiu. Em agosto de 2016, o estoque chegou a 8.262 unidades; redução de 22,3% na comparação com o mesmo mês do ano passado e de 4,1% em relação a julho de 2016. O volume registrado é o mesmo de 2011.

Por tipologia, na análise dos últimos 12 meses, tendo agosto como mês de referência, os apartamentos econômicos (de R$ 200.001,00 a R$ 250 mil) foram os que apresentaram a maior redução no estoque, queda de 77,6% – passando de 1.719 para 384 unidades.

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Preços

Na análise de agosto, o preço médio do metro quadrado privativo para imóveis na capital ficou em R$ 6.695,56, representando aumento de 5,1% em comparação com agosto de 2015. Nesse período, os imóveis com quatro quartos lideraram o reajuste, com 13,2% de correção – chegando a R$ 10.252,00, em média, por metro quadrado.

Sobre a questão de o preço médio do metro quadrado privativo estar crescendo abaixo da inflação do período (INCC de 6,27% no acumulado de 12 meses, tendo agosto como referência), o diretor de pesquisa de mercado da Ademi, Fábio Araújo, comenta que o resultado disso é uma perda de valor real no preço. “Apesar disso, o quadro poderia ser pior. Poderia estar negativo, inclusive. O mercado ainda não está pujante, mas tem certo equilíbrio. Até porque o INCC também está abaixo da inflação média do período”, complementa.

Na análise por bairros, o Batel continua a deter o maior valor do metro quadrado privativo para todas as tipologias, com metro quadrado privativo a R$ 10.520,00 para os apartamentos de um dormitório; de R$ 11.243,00 para os de dois dormitórios; de R$ 10.951 para os de três dormitórios e de R$ 12.127 para os de quatro dormitórios.

“Nossa estimativa era de que o percentual de unidades disponíveis para a venda, em relação à oferta inicial, atingisse os 25% no fim do ano. E isso aconteceu já em agosto. Fica claro que o ciclo de ajustes do setor de lançamentos imobiliários chegou ao fim, sinalizando que os próximos empreendimentos virão a preços maiores”, ressalta Araújo.

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