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Brasília – O crescimento no faturamento da indústria no terceiro trimestre deste ano foi o maior em mais de três anos, segundo levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O aquecimento das vendas do setor já faz com que a utilização da capacidade instalada atinja níveis historicamente elevados.

O grau de utilização da capacidade é, justamente, um dos indicadores acompanhados pelo Banco Central para medir o risco de um crescimento mais forte da economia gerar pressões inflacionárias. No mês passado, citando as incertezas sobre o comportamento dos preços nos próximos meses, o Banco Central interrompeu uma seqüência de queda dos juros que já durava dois anos.

Mas o economista da CNI Paulo Mol ressaltou que os fatores que impulsionaram a economia ao longo de 2007 podem não se repetir daqui para a frente, o que poderia colocar em risco a trajetória positiva que a indústria tem apresentado até agora.

Entre o segundo e o terceiro trimestres deste ano, as vendas da indústria cresceram 3% – já descontado o efeito da inflação e os fatores sazonais –, o melhor resultado desde o segundo trimestre de 2004, quando a expansão foi de 3,8%. Entre janeiro e setembro, o crescimento acumulado foi de 4,2%.

Também no mês passado, o nível de utilização da capacidade instalada chegou a 82,7%, o maior índice já registrado pela série estatística da CNI, que tem início em 2003.

Os setores que mais contribuíram para a alta foram os de máquina e equipamentos, alimentos e bebidas, metalurgia básica e veículos automotores. Apenas três setores tiveram desempenho negativo: madeira, refino e álcool e materiais eletrônicos e de comunicação.

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