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Queda foi ainda maior em 2012

O comércio de Curitiba também registrou queda em janeiro do ano passado, na comparação com o mês anterior (dezembro de 2011).O recuo foi ainda mais baixo que o registrado neste ano: na época, segundo pesquisa do Datacenso, o recuo foi de 30%. A justificativa fornecida pelos comerciantes, na época foi a mesma: gastos dos consumidores em dezembro com o Natal e o Ano Novo.

As vendas do comércio de Curitiba diminuíram 24% em janeiro deste ano na comparação com dezembro de 2012, mostra uma pesquisa feita pelo Instituto Datacenso e divulgada pela Associação Comercial do Paraná (ACP) nesta quinta-feira (14). Enquanto a renda média gasta por consumidor no último mês de 2012 foi de R$ 518,40, em janeiro o valor caiu para R$ 342,56, o que representa uma diferença de R$ 175,84 no gasto de cada consumidor.

Foram pesquisados, principalmente, comércios das áreas de roupas, calçados, utilidades domésticas, eletrônicos, supermercados e celulares.

De acordo com informações da ACP, o resultado mais baixo para janeiro está dentro do esperado. Os comerciantes relataram, na pesquisa, que a situação ocorre devido ao excesso de compras realizadas com presentes no fim do ano, além do comprometimento financeiro de grande número de consumidores e da temporada de férias.

Com a queda renda média gasta por consumidor, os comerciantes curitibanos também perderam. Conforme a pesquisa do Datacenso, 76% deles tiveram resultado inferior em comparação com o último mês de 2012. Por outro lado, setores como os de móveis, eletrônicos, livrarias e papelarias, cosméticos e perfumes tiveram um volume de vendas 5% superior à média mensal.

Outro número levantado pela pesquisa é a quantidade de demissões no setor de comércio curitibano. Nesse aspecto, 77% dos estabelecimentos mantiveram o mesmo número de trabalhadores, enquanto 3% dos empresários demitiram no último mês. A análise também apontou que a maioria dos compradores (77%) continua preferindo o cartão de crédito como meio de pagamento.

Expectativa

A pesquisa aponta ainda que o entusiasmo dos comerciantes curitibanos em relação ao próximo mês caiu em janeiro. Em dezembro, o índice marcava 134 pontos, enquanto que no último mês, o número passou para 126 pontos. Já o índice que mede a expectativa dos comerciantes sobre a situação econômica do país e a condição financeira dos clientes cresceu no último mês – passando de 155 em dezembro para 161 em janeiro.

Mesmo com os índices oscilando, os comerciantes de Curitiba se disseram otimistas em relação ao desempenho do setor em fevereiro. A previsão de expansão é de 3% no comparativo com janeiro. Do total, 35% dos empresários ouvidos pela pesquisa acham que liquidações, redução do IPI, volta às aulas e entrada de novas coleções vão impulsionar as vendas.

Segundo o levantamento, 63% dos empresários curitibanos estão entusiasmados e 22% com expectativa de novas oportunidades. Apenas 14% dos comerciantes se mostraram preocupados e 2% desanimados. Os consumidores curitibanos também foram entrevistados na pesquisa do Datacenso e a maioria (82%) se diz satisfeita com os serviços prestados.

Metodologia

O Instituto Datacenso entrevistou 200 comerciantes em Curitiba entre os dias 4 e 5 de fevereiro. A maioria dos comerciantes entrevistados é de micro empresas (80%) e é gerente (67%) ou proprietário (34%) do estabelecimento.

Outros 200 consumidores foram entrevistados – 100 homens e 100 mulheres – com o maior percentual (31%) situado na faixa dos 36 a 45 anos. A renda familiar mensal de 39% dos consumidores varia de R$ 1.245 a R$ 1.866, e de R$ 1.867 a R$ 3.110 para 34% dos entrevistados.

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