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Após 13 quedas mensais consecutivas, as exportações paranaenses finalmente reagiram. Em fevereiro, as vendas ao exterior somaram US$ 708 milhões, 19% a mais que no mesmo mês do ano passado, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). A última alta nesse tipo de comparação havia ocorrido em dezembro de 2008.

Na soma dos dois primeiros meses do ano, o valor dos embarques chegou a US$ 1,414 bilhão, com expansão de 5% sobre o primeiro bimestre de 2009. Mas, apesar da recuperação das vendas, os níveis de exportação do estado seguem abaixo dos observados em 2008 – no primeiro bimestre daquele ano, as vendas somaram quase US$ 2 bilhões.

Além disso, a alta das exportações não foi suficiente para compensar a disparada das importações. Em fevereiro, o Paraná comprou do exterior US$ 809 milhões em mercadorias, o que provocou um déficit de US$ 101 milhões na balança comercial do estado. Foi o sexto saldo negativo consecutivo, algo que não ocorria desde 2001. No acumulado de janeiro e fevereiro, o déficit foi de US$ 304 milhões.

A tendência é que as contas externas do Paraná saiam do vermelho nos próximos meses, com o escoamento da safra de soja. Por enquanto, três setores se destacam nos embarques. O primeiro é o de veículos, cujas vendas subiram 54% no primeiro bimestre, para US$ 269 milhões. As exportações de carnes aparecem na sequência, com US$ 236 milhões e alta de 9% sobre os dois primeiros meses de 2009. O terceiro grupo de produtos mais exportado foi o de máquinas e equipamentos – que, impulsionado pelas vendas de colheitadeiras, bombas injetoras, motores e refrigeradores, fechou o bimestre com receitas de US$ 122 milhões e alta de 33%.

A categoria mais importada também é a de equipamentos, que engloba desde peças e componentes mecânicos e eletrônicos até máquinas inteiras para o setor industrial. As compras somaram US$ 328 milhões em janeiro e fevereiro, maior valor já registrado para esse grupo – o que sinaliza um aumento da confiança dos empresários, uma vez que a importação desse tipo de produto geralmente se converte em aumento da produção nacional. Também pressionaram o resultado da balança as importações de veículos, que praticamente duplicaram no bimestre, chegando a US$ 242 milhões. As compras de combustíveis, principalmente petróleo bruto, cresceram 57%, para US$ 229 milhões. (FJ)

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