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A Vivo, maior operadora de telefonia celular do país, anunciou lucro líquido de R$ 215,5 milhões no quarto trimestre do ano passado, ante lucro de R$ 26,2 milhões um ano antes, numa comparação que já inclui a Telemig Celular.

Em 2008 como um todo, a operadora registrou ganho líquido de R$ 389,7 milhões, ante prejuízo de R$ 99,8 milhões em 2007.

Segundo a companhia, foi o melhor resultado desde a constituição da Vivo, em 2003. "A Vivo passou pela primeira infância, com algumas doenças, mas hoje cresce de forma saudável", disse Roberto Lima, presidente da empresa, em entrevista à Reuters.

Para 2009, o conselho de administração da empresa aprovou na quinta-feira um investimento de 2,635 bilhões de reais, em linha com os recursos aplicados no ano passado.

Roberto Lima lembra, entretanto, que o volume aplicado em 2008 ainda incluiu a compra da Telemig Celular, o pagamento das licenças de terceira geração e a estréia da companhia em Estados do Nordeste - o que elevou o total para algo como 6 bilhões de reais.

A companhia teve um lucro antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) de R$ 1,396 bilhão no último trimestre do ano, com alta de 42,6% em relação ao mesmo período de 2007.

Com isso, a margem Ebitda da empresa subiu 6,6 pontos percentuais, para 32,7% das receitas. No ano, o Ebitda foi de 4,868 bilhões de reais, uma alta de 37,3% sobre 2007.

A receita líquida subiu 14 por cento no trimestre, para R$ 4,268 bilhões. No ano, a receita chegou a R$ 15,819 bilhões, ante R$ 13,854 bilhões do exercício anterior.

A empresa teve adições líquidas de 2,668 milhões de clientes nos últimos três meses de 2008 e fechou o ano com 44,945 milhões de usuários, número 20 por cento maior que em 2007.

Para 2009, Lima admite que pode haver alguma desaceleração no ritmo, mas acredita que o mercado continue em crescimento.

"Este é um segmento que cresce dois dígitos desde a sua criação. Mesmo que cresça 10 por cento, ainda é um índice fantástico", afirmou, já que hoje a base de usuários é muito maior. Em janeiro, segundo ele, a companhia teve "um pequeno crescimento" em relação a janeiro de 2008.

As ações da Vivo exibiam às 13h07 alta de 4,7%, liderando o índice Ibovespa, que no mesmo horário operava com valorização de 1,87 por cento.

CONTROLE DE CUSTOS

Para Lima, o resultado registrado pela Vivo foi fruto de uma adequação dos planos de preços no pós-pago, maior capilaridade nas recargas de pré-pago e uma política de controle de custos que contou "com muito rigor, mesmo sem demitir ninguém".

Segundo ele, a empresa eliminou custos redundantes, enxugou a estrutura e renegociou com os fornecedores para manter os gastos sob controle.

No caso dos aparelhos celulares, que dependem em grande parte de componentes importados, Lima afirmou que a empresa tem mantido negociações com os fabricantes para "apertar as margens de um e de outro" e, assim, absorver o impacto da alta do dólar.

A Vivo fechou o ano com uma dívida líquida de 5,3 bilhões de reais. De acordo com Lima, o montante em moeda estrangeira está 100 por cento protegido e a dívida "está muito bem administrada".

Segundo o executivo, a operadora está atenta às fontes de captação, que estão mais difíceis neste momento. "Vamos fazer o possível para contar com a nossa geração de caixa."

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