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Com o acordo firmado ontem na Volvo, os metalúrgicos da Volkswagen em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, são os últimos a manter as paralisações por reajuste salarial em montadoras do Paraná. Na tarde de ontem, dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) estiveram reunidos com a direção da montadora alemã, mas não houve acordo. Em assembleia marcada para 6 horas de hoje, os trabalhadores devem votar pela manutenção da "greve pipoca" iniciada no sábado, na qual há paralisação de um dos turnos a cada dia. Até a tarde de ontem, 820 veículos deixaram de ser produzidos na fábrica.

Os trabalhadores exigem reajuste de 10,08% (4,29% de repasse da inflação mais 5,55% de ganho real), além de R$ 4,2 mil de abono. Esse foi o acordo fechado pelos funcionários da Renault, na sexta-feira, e pelos trabalhadores da Volvo, ontem pela manhã. Estes últimos conquistaram também um reajuste no benefício de vale-mercado, que passou de R$ 60 para R$ 200.

A contraproposta da Volks, já recusada em assembleia, oferecia 7% de reajuste total (2,6% de aumento real). De acordo com Jamil Dávila, dirigente sindical do SMC, a montadora alega não ter se preparado para o aumento real reivindicado pela categoria, o maior dos últimos cinco anos.

"Eles (a Volkswagen) não dizem, mas o fato é que não querem criar um diferença salarial em relação ao ABC (onde há outra unidade da Volks, em São Bernardo do Campo), para evitar que no ano que vem o sindicato paulista exija o mesmo reajuste", afirma Dávila. Apesar disso, o dirigente acredita que as negociações avançaram. "Como as duas outras montadoras pagaram esses reajustes, não temos como discutir nada abaixo disso." A Volks preferiu não se pronunciar.

O impasse entre empresas e trabalhadores persiste também na fábrica da Mercedes-Benz em Campinas e na unidade da Toyota em Indaiatuba, ambas em São Paulo. No domingo, os metalúrgicos das montadoras Ford, Scania, Mercedes-Benz e Volkswagen do ABC conquistaram o maior aumento salarial da história da categoria, de 10,8% mais R$ 2,2 mil de abono.

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