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A rede de supermercaos Wal-Mart deve fechar o ano de 2006 com um crescimento de faturamento acima de 2,5% em relação a 2005 no Brasil – uma previsão otimista, considerando-se que a Associação Brasileira dos Supermercados (Abras) estima que alta no setor não passe de 1,5%. "Estamos com o faturamento em patamares positivos, acima do concorrente, que deve crescer 2,5%", diz o vice-presidente de Operações do grupo norte-americano na Região Sul, Marcos Samaha, sem informar números, nem a qual concorrente se refere.

Os bons resultados, avalia o executivo, são conseqüência do esforço do grupo em oferecer os melhores preços, diversidade de produtos e engajamento dos funcionários. "São esses valores que o Wal-Mart preza. Estamos preocupados em adequar as lojas compradas do Sonae, não em tornar todos os espaços iguais, em um só padrão. Os consumidores valorizam as antigas bandeiras e não pretendemos mudá-las", afirma Samaha, que esteve ontem em Curitiba em almoço com a imprensa. Segundo o vice-presidente na região Sul, graças a parcerias com fornecedores e investimentos em logística a rede tem conseguido vender uma cesta dos 3 mil itens mais procurados pelos consumidores brasileiros a preços de 5 a 7% mais baixos, em média, que os da concorrência.

"A aquisição do Sonae deixou os três principais players do setor supermercadista muito próximos de tamanho. Isso é bom para o consumidor", lembra. Samaha destaca, no entanto, que não há uma ambição por parte da rede para subir no ranking da Abras, no qual ocupa atualmente a terceira posição (atrás da Companhia Brasileira de Distribuição – da qual fazem parte Extra e Pão de Açúcar – e do Carrefour). "A disputa de ranking não costuma ter um efeito positivo para as marcas. Quanto mais a rede tentar entender e respeitar a vontade de seus clientes, melhor será o seu retorno. Não é o lugar na lista que traz mais clientes".

Paraná

A compra dos ativos do grupo português Sonae no Brasil, em dezembro de 2005, tornou o Wal-Mart líder de mercado no Paraná, com 40 lojas: 24 Mercadoramas, nove BIGs, três Wal-Mart Supercenters, dois Sam’s Club e dois Maxxi Atacado. "Novos supermercados abertos no estado levarão a bandeira Mercadorama. Já os hipermercados serão Supercenters", adianta o vice-presidente. Em âmbito nacional, novas lojas da rede podem surgir também com as bandeiras Maxxi, de atacado para baixa renda e pessoas jurídicas, Sam’s Club e Todo Dia.

O grupo norte-americano deve investir R$ 90 milhões em 10 reformas e abertura de duas novas lojas em 2007, seguindo um plano de expansão nacional que prevê gastos de R$ 850 milhões na abertura de 28 novas lojas e reformas de lojas antigas. A rede não divulga quais cidades receberão novas lojas e também faz segredo se a abertura será de supermercados ou hipermercados.

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