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A Espanha poderá voltar a crescer no segundo semestre de 2009, mas entrará em recessão no próximo ano caso a economia mundial siga esse mesmo caminho, afirmou o presidente espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, em uma entrevista publicada neste domingo (19).

Sem mencionar a contração da quarta maior economia da zona do euro, Zapatero declarou ao jornal Público que os países desenvolvidos como a Espanha estão em crescimento trimestral negativo a ponto de estagnar. .

"Eu acredito que no segundo semestre do ano que vem já estaremos com uma atividade econômica de crescimento intertrimestral, o que não quer dizer anual, porque isso vai depender da comparação com este ano", declarou.

"Se há uma recessão global, estaremos em recessão, logicamente", acrescentou.

O desemprego cresceu ao patamar mais alto na zona do euro, trazendo o fim do boom imobiliário, que coincidiu com a escassez mundial de crédito.

O governo afirma que a economia estagnou no terceiro trimestre e manteve sua estimativa de crescimento de 1,6 por cento neste ano e de um por cento para 2009, ante 3,7 por cento em 2007.

A Comissão Européia prevê que a Espanha entre em recessão no final do ano e o Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta uma contração de 0,2 por cento em 2009.

"A recuperação vai custar esforço e tempo, mas, em minha opinião, temos as bases para que o sistema recupere a normalidade com as medidas", esclareceu Zapatero ao jornal espanhol.

O presidente indicou que as condições financeiras começaram a melhorar, porém salientou que a economia estava seriamente afetada pela escassez de crédito.

Ele prometeu ajudar a indústria após ter oferecido aos bancos um pacote de medidas para impulsionar a liquidez e os empréstimos.

"Um banco é um negócio, não uma ONG, e o negócio do banco é emprestar dinheiro", finalizou.

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