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Imagem ilustrativa| Foto: Bigstock


A Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep) lançou, no dia 30 de abril, um plano de retomada das atividades educacionais do setor no país. Diretrizes mais específicas devem ser fornecidas às instituições por meio de um congresso online previsto para ocorrer na próxima semana.

Apesar do decreto de lockdown em algumas cidades, há municípios que têm programado o retorno gradual do comércio sob determinados protocolos de segurança de saúde. O entendimento da Fenep é que, nesses casos específicos, seria legítimo que escolas particulares começassem a se organizar para voltar às aulas presenciais.

Mas isso deve demorar para acontecer. Ainda que o governo tenha atualizado a lista de serviços considerados essenciais durante a pandemia, e que o comércio de algumas cidades é retomado, aos poucos, até agora não estão elencadas no documento as atividades educacionais.

No último decreto divulgado pelo governo do Paraná, por exemplo, 40 setores de interesse público receberam autorização para funcionar, mas escolas não estão incluídas.

Veja abaixo, em 5 tópicos, alguns cenários que os pais devem ter em conta na transição das aulas remotas às aulas presenciais na rede particular de ensino:

Protocolos de saúde

Caso recebam autorização para retornar às atividades, as instituições devem seguir protocolos de segurança de saúde rigorosos.

No plano lançado pela Fenep, constam algumas medidas básicas de saúde, que devem ser fiscalizada diariamente pela própria escola e pelos pais:

- Distância de um metro quadrado entre os alunos e professores;
- Disponibilidade de álcool gel 70% em todos os espaços;
- Medição de temperatura de professores, funcionários e alunos;
- Fiscalização da higienização das mãos de todos os que ingressem nas unidades de ensino;
- Uso de máscara;
- Sapato adicional para uso só em espaços fechados;
- Levar sua própria toalha de mão;
- Limpeza diária e com produtos capazes de eliminar o vírus.

Afastamento de funcionários do grupo de risco

Medida que vem sendo adotada por outros países, o afastamento de funcionários considerados do grupo de risco – como maiores de 60 anos, gestantes ou portadores de outras condições que comprometam a sua imunidade – também é protocolo para o Brasil. Nas escolas particulares, colaboradores nessas condições terão de trabalhar em casa.

Não há ainda medidas aprovadas pelo governo para que essas pessoas tenham alguma garantia de estabilidade de emprego.

Afastamento de professores, funcionários e alunos que apresentem sintomas da Covid-19

Qualquer pessoa que frequentar a instituição de ensino e apresente sintomas da Covid terá de ser afastada até que não apresente possibilidade de contágio. Nesses casos, a Fenep orienta as escolas a estudarem a possibilidade de oferecer ensino online para os estudantes afastados das aulas presenciais.

Ensino remoto em preparação para o vestibular e Enem

Enquanto não houver retorno presencial programado, os pais devem verificar se as escolas estão atentas ao calendário dos vestibulares no país, que não foram alterados, assim como do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

As aulas preparatórias dos principais cursinhos no país continuam e as escolas de ensino médio precisam estar atentas para passar o conteúdo. “Nesse caso, como são alunos mais velhos, que têm certa organização, o ensino remoto, de qualidade, deve continuar”, diz o presidente da Fenep.

A preferência pelo ensino presencial, assim que houver a permissão por parte das autoridades

No entendimento da Fenep, à medida em que municípios permitem a retomada de atividades consideradas essenciais, é preciso que escolas retornem às aulas também. Além de ter de contar com ajuda externa para cuidar dos filhos, ao deixar o home office os pais deixariam de acompanhar os estudos mais de perto, o que poderia ser prejudicial às crianças.

"Se volta o comércio nas cidades, teria de voltar escolas, a educação infantil e, principalmente, o [ensino] fundamental I e II. As famílias que voltaram a trabalhar precisam deixar as crianças em algum lugar e, se não tiverem escola, acabarão deixando com cuidador, com diaristas, com a avó", diz Pereira. Ele lembra que as duas primeiras opções estariam mais expostas ao vírus, tendo maior possibilidade de contaminar terceiros.

"As diaristas, por exemplo, podem ter de pegar vários ônibus durante o dia e estão mais expostas ao vírus. Se a criança fica com a avó, do grupo de risco, também há risco de contaminá-la. Na escola, sob controle de temperatura, sendo monitorada, a criança estará melhor do ponto de vista de saúde", afirma. "Por essa razão, as escolas já poderiam, gradativamente, estar retornando às atividades".

Questionado sobre qual o entendimento da Fenep quanto ao retorno das atividades educacionais em municípios como o Rio de Janeiro, no qual se prevê, em poucos dias, colapso no sistema de saúde - ocupação dos leitos de UTI se aproxima de 100% -, Ademar Pereira diz ser preciso ponderar. "Não somos nós que vamos decidir. Talvez, no Rio, não possa se liberar nada. Que as escolas continuem com o ensino remoto", afirma.

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