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Drogas, violência e preconceito foram assuntos levados ao palco pelos estudantes | Pedro Serápio/Gazeta do Povo
Drogas, violência e preconceito foram assuntos levados ao palco pelos estudantes| Foto: Pedro Serápio/Gazeta do Povo

Foram quatro meses de preparação para a estreia no Teatro Parque da Criança, em Santa Felicidade. Cerca de 120 crianças e adolescentes, de 10 a 17 anos, de quatro escolas municipais e estaduais, apresentaram às famílias e amigos peças que abordavam, entre outros temas, o uso de drogas, a violência e o preconceito. "São assuntos que fazem parte da realidade dessas crianças. E elas encontraram no teatro um forma de expressar o que sentem sobre isso", afirma o coordenador do projeto Vamos Fazer Teatro, Giovani Sesconetto.

De 7 a 10 de julho a Escola Municipal do Bairro Novo Caic Guilherme Lacerda Braga Sobrinho, a Escola Estadual Amintas de Barros, a Escola Municipal Papa João XXIII e o Colégio Estadual Sebastião Saporski mostraram os resultados dos encontros semanais, que começaram em março. Para Sesconetto, as crianças surpreenderam. "Foi muito gratificante ver quem antes não falava muito dar opiniões e se soltar no palco."

Para Bruno Umbelino de Oliveira, de 14 anos, a participação no projeto trouxe mais do que desenvoltura. "Eu melhorei no colégio e consegui uma estágio no Parque da Criança. Estou aprendendo muito", comenta. A mãe de Bruno, a dona de casa Luci Aparecida de Oliveira, comemora as conquistas do filho, e afirma que ele mudou para melhor. "Ele tem atitudes mais positivas, estuda mais e fica mais em casa."

O projeto

O Vamos Fazer Teatro começou com um projeto-piloto em 2007, proposto pelo Instituto RPC e desenvolvido na Escola Municipal Papa João XXIII, no Portão. Neste ano, a primeira edição teve vez. De acordo com a coordenadora do Instituto, Ana Gabriela Simões Borges, os critérios para a seleção das escolas não eram muitos: deveriam ser da rede pública, pertencer a regiões diferentes e oferecer ensino até pelo menos a 7ª série. Esses critérios serão adotados também na segunda fase do projeto, que começa em agosto próximo.

Dos 400 alunos inscritos no projeto, 30 foram selecionados. Eles escrevem os roteiros e atuam. "Nosso objetivo não era formar atores profissionais. Queríamos melhorar a interação social e cultural deles, ajudá-los a se expressar", diz Sesconetto.

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