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(Da esquerda para a direita) os criadores da NextCam, alunos do curso de Engenharia Elétrica da UFPR: Luís Guilherme Souza, Adriano dos Santos e Guilherme Vogt.
(Da esquerda para a direita) os criadores da NextCam, alunos do curso de Engenharia Elétrica da UFPR: Luís Guilherme Souza, Adriano dos Santos e Guilherme Vogt.| Foto: Divulgação Tim

Um intercâmbio na Alemanha despertou em dois colegas do curso de Engenharia Elétrica da Universidade Federal do Paraná (UFPR) o espírito empreendedor.

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De volta ao Brasil, compartilharam as ideias com outro estudante, hoje já formado engenheiro, e deram o pontapé inicial para a NextCam, uma startup criada durante o programa AWC 2018 do Instituto Tim, vencedora do Prêmio ENGIE Brasil de Inovação, no último dia 6 de junho.

Não é pouca coisa, mas os amigos têm um longo caminho pela frente. Adriano Peniche dos Santos, de 25 anos, e Guilherme Cordeiro Vogt, de 24, trabalharam juntos numa startup na Alemanha.

"A gente percebeu que esse ambiente de inovação fora do Brasil era mais intenso. E voltamos com vontade de empreender", conta Guilherme. Mas, sem tempo, dinheiro e experiência, viram no programa AWC a oportunidade de transformar ideia em produto. E foi aí que chegou o terceiro estudante, Luis Guilherme Dias de Souza, de 25 anos. "O Luis era meu sócio, minha dupla. Aí a empresa começa a tomar forma nesse programa", ressalta Guilherme.

Dificuldades

Mas para chegar onde já chegaram, os três tiveram uma série de dramas, de resolver problemas, de pular cedo da cama para ir atrás dos objetivos. "A gente é muito aficionado por tecnologia e ciência. Tínhamos uma causa nobre, mas cheia de buracos. A partir da vontade dos três a gente começa a conversar com pessoas para poder entender onde moram as dúvidas", lembra Guilherme.

Desde então, os três amigos passaram a traçar o futuro. "Construímos um propósito para a NextCam: qual o objetivo final da empresa? Hoje temos um propósito muito forte, que é proteger as pessoas, tornar os ambientes mais seguros e organizados. Quando temos um propósito, temos potencial para fazer a diferença", avalia Luis.

O produto consiste em uma câmera com inteligência artificial e visão computacional que identifica riscos e possibilita criar soluções que otimizem os processos da construção civil, reduzindo riscos e aumentando a segurança em canteiros de obra. Dessa forma, ações preventivas podem ser tomadas mais facilmente. O software desenvolvido pelos três gera relatórios semanais, além de alertas diários pelo WhatsApp.

E foi durante esse período no programa que a ideia ganhou forma. "A gente solidificou, teve conversas mais sérias com os primeiros clientes, fechamento de contratos. Vai mudar muito ainda, a empresa está começando a girar, mas já participamos de muitos editais e alguns prêmios de inovação para ganharmos fôlego", aponta Guilherme. Agora, segundo Adriano, o trio está na fase de finalizar o chamado MVP (Minimum Viable Product, ou, em português, o Produto Viável Mínimo).

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Contato com a comunidade internacional

Um desses prêmios foi justamente o Prêmio ENGIE Brasil de Inovação, que tinha como tema Saúde e Segurança no Trabalho. Vencedores, o trio de empreendedores concorria com players já consolidados no mercado e outro tanto de estudantes. E venceram, o que deu ânimo para a continuidade do trabalho, além de uma passagem para a França.

Nos últimos dias, eles participaram da ENGIE Innovation Week, em Paris, uma oportunidade de apresentar a NextCam mundialmente e conhecer o mercado consumidor internacional. Os três empreendedores ainda serão parceiros da ENGIE, que trabalhará com a startup durante o ano. Os rapazes também estão estudando encubar a empresa na própria Universidade Federal do Paraná (UFPR), que é, na realidade, onde tudo nasceu, além de tentarem participação em programa de aceleração no Sebrae.

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