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Solenidade de posse do ministro da Educação, Milton Ribeiro.| Foto: Reprodução

O novo ministro da Educação, Milton Ribeiro, prometeu abrir uma frente de diálogo com a comunidade educacional, durante solenidade de posse, na tarde desta quinta-feira (16), no Palácio do Planalto. Ele ainda exaltou a educação pública, o ensino profissionalizante, o protagonismo de professores e defendeu a laicidade do Estado. Ribeiro é o quarto ministro a chefiar a pasta.

O presidente Jair Bolsonaro, que está em isolamento após ter sido diagnosticado com coronavírus, participou da cerimônia por videoconferência, no Palácio da Alvorada.

"Queremos abrir um grande diálogo para ouvir os acadêmicos e educadores que, como eu, estão entristecidos com o que vem acontecendo com a educação em nosso país. Haja vista nossos referenciais e colocações no ranking do Pisa", afirmou. Como mostrou a Gazeta do Povo, alunos brasileiros figuram nas últimas colocações no ranking que mede a qualidade de ensino dos países.

Ribeiro também afirmou que, a pedido de Bolsonaro, vai assumir um compromisso para promover o ensino profissionalizante no país. "Através do incentivo a cursos profissionalizantes, desejamos que jovens tenham uma ponte ao mercado de trabalho, para que atinjam seu potencial de contribuição para nosso país", disse. No último ano, o governo decidiu "abandonar" o Pronatec e anunciou o programa Novos Caminhos, voltado ao ensino técnico. O intuito é aumentar em 80% (3,4 milhões) o total de matrículas em cursos de educação profissionalizante.

"Nao é fácil a vida do ministro. Dele, em grande parte, depende o futuro da nossa nação", disse Bolsonaro, por videoconferência.

Violência física, filosofias equivocadas, valorização de professores, laicidade

Ainda durante seu discurso de posse, Ribeiro, que é pastor na Igreja Presbiteriana Jardim Oração, em Santos, defendeu a laicidade do Estado e afirmou que vai atuar com base em princípios constitucionais. "Tenho formação religiosa, mas meu compromisso que assumo hoje ao tomar posse está bem firmado e localizado em valores constitucionais da laicidade do estado e do ensino público", disse.

Frente a acusações de que ele teria defendido "educação através da dor", o novo ministro justificou e disse que "jamais falei em violência física na educação escolar e nunca defenderei tal prática". Em vídeo publicado em suas redes, ele sugeria que pais disciplinassem seus filhos através da correção com "vara".

A implementação de políticas e filosofias educacionais equivocadas, para Ribeiro, teriam desconstruído a autoridade do professor em sala de aula. "O que agora existe, por muitas vezes, são episódios de violência física por parte de alguns maus alunos contra professores", disse. "As mesmas vozes críticas de nossa sociedade devem se posicionar quanto a tais episódios com a mesma intensidade".

Ele também afirmou ser necessário não desmerecer educadores que deram "legítima e valiosas contribuições" à educação do país. "Não estava tudo errado", disse. "Tenho consciência de que não iremos solucionar o problema de educação no país, mas procuraremos, com a ajuda de Deus, deixar legado positivo de esperança para gerações futuras", concluiu.

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