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O ministro da Educação, Ricardo Vélez, participa de audiência pública na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados.
O ministro da Educação, Ricardo Vélez, participa de audiência pública na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A chefe de gabinete do Ministério da Educação (MEC), Josie de Jesus, e o assessor de comunicação do MEC, Bruno Meirelles Garschagen, foram exonerados pela Casa Civil, conforme publicação no Diário Oficial da União (DOU) nesta quinta-feira (4). Josie será substituída por Marcos de Araújo, ex-subcomandante geral da Polícia Militar do Distrito Federal e professor da Academia dos Bombeiros de Brasília. Para o posto de Garschagen, no entanto, ainda não foi anunciado um novo nome.

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Garschagen e os outros integrantes do MEC próximos ao escritor Olavo de Carvalho, conhecidos como "olavetes" ou da ala "mais ideológica", são acusados de participação no envio de uma carta a escolas do país, pedindo que alunos cantassem o hino nacional e repetissem, ao final de uma mensagem, o slogan de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e que fossem gravados durante o momento.

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A decisão gerou críticas e o ministério acabou voltando atrás. Os "olavetes", no entanto, culpam Ricardo Roquetti, coronel-aviador da reserva, também exonerado da Secretaria Executiva do MEC, pela ideia.

Garschagen permaneceu na função por dois meses, tendo sido nomeado em 30 de janeiro. Formado em direito, ele tem mestrado em ciências políticas e é autor de um livro intitulado "Pare de acreditar no governo".

Josie de Jesus era ex-funcionária do Centro Paula Souza, em São Paulo. Ela ficou menos de um mês no cargo, com nomeação publicada no dia 11 de março.

Crise

O MEC vive uma crise interna que envolve demissões, disputas entre grupos e recuos de ações. Há quem diga que o ministro da pasta, Ricardo Vélez Rodríguez, pode ser exonerado a qualquer momento. Desde que iniciou à frente do ministério, o colombiano tem sido criticado por sua administração.

Em audiência pública, no entanto, Vélez disse que só vai se demitir se Bolsonaro pedir.

"Não vou sair"; "Não seguirei dicas para renunciar"; "Não renuncio, não faz sentido"; "Só me demito se o presidente da República pedir, se ele achar que minha colaboração não está sendo adequada"; "É um abacaxi do tamanho de um bonde, mas topei", disse a deputados, na Câmara.

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