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O assessor especial do ministro, Silvio Grimaldo de Carvalho | Reprodução /Facebook
O assessor especial do ministro, Silvio Grimaldo de Carvalho| Foto: Reprodução /Facebook

Silvio Grimaldo de Carvalho, assessor especial do ministro da Educação (MEC), Ricardo Vélez Rodríguez, acaba de anunciar no Facebook seu pedido de exoneração. Segundo ele, pessoas ligadas ao filósofo Olavo de Carvalho estavam sendo transferidas de postos estratégicos para cargos menos importantes, um “expurgo” que seria “a maior traição dentro do governo de Jair Bolsonaro”. “Apenas os olavetes foram transferidos”, afirmou. A decisão, segundo ele, teria sido tomada pelo “círculo técnico-militar que o rodeia [o ministro] e se borra de medo da [revista] Veja”.

Procurado, o MEC informou que não comentará o fato por se tratar apenas de um “remanejamento interno”, determinado pelo ministro. Fontes não oficiais dizem que um dos alunos de Olavo de Carvalho trabalhará diretamente na Lava Jato da Educação.

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“Só para deixar claro, eu não fui expulso do MEC. Trabalho com o professor Vélez desde a transição. Na verdade, desde antes, ainda durante a campanha, quando numa reunião em minha casa, eu e um amigo recomendamos seu nome para o ministério, assim como uma porção de nomes que agora são deslocados para funções inócuas, sem serem demitidos ou exonerados”, escreveu na mensagem em que anuncia sua saída do governo.

Ele disse ter sido avisado durante o Carnaval, por telefone, que perderia as funções no gabinete para “enxugar gelo” e fazer “guerra cultural”.

“Durante o carnaval, estando fora de Brasília, fui avisado por telefone de que perderia minhas funções no gabinete e seria transferido para a CAPES, onde deveria enxugar gelo e ‘fazer guerra cultural’. O cargo era apenas um prêmio de consolação pelos serviços prestados, uma política comum com os que se tornam indesejados no MEC. Dada a absurdidade da proposta, que veio como uma decisão tomada e consumada, e vendo que o mesmo destino fôra dado a outros funcionários ligados ao Olavo (apenas olavetes foram transferidos) e mais alinhados com as mudanças propostas pela eleição de Bolsonaro, não vi outra saída senão comunicar ao ministro meu desligamento pedir minha exoneração, que deve sair nos próximos dias”, continuou na mensagem.

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Outras transferências

Segundo o jornal “Folha de S. Paulo”, o chefe de gabinete do MEC, o advogado Tiago Tondinelli, e o assessor do MEC, Murilo Resende, estariam na lista de transferências. Procurado, o MEC não confirmou essa informação.

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