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 | Marcelo Andrade
Gazeta do Povo
| Foto: Marcelo Andrade Gazeta do Povo

Contrário à taxação de grandes fortunas e crítico do Bolsa Família, o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL-RJ) disse que a distribuição de renda se faz por meio de melhorias na educação e defendeu a militarização das escolas.  "A maior distribuição de renda que se pode fazer é por meio do conhecimento. Você pega as escolas militarizadas, de Goiás e Amazonas. Percentualmente falando, são as que mais aprovam nas universidades. Tem disciplina. Temos de levar esse método pra outras escolas", disse Bolsonaro, durante entrevista coletiva em Boa Vista (RR) nesta quinta-feira (12).

"Nós temos de levar esse método pra outras escolas. Fiquem tranquilos que não dá pra colocar militares em todas as escolas, não tem militar pra tanta coisa", completou.

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Foi a resposta à pergunta da reportagem sobre dados recentes do IBGE, segundo os quais 10% dos mais ricos concentram 43% do rendimento do país e o número de miseráveis aumentou em 1,5 milhão de pessoas.

Em Amazonas e em Goiás, os governos estaduais têm cedido a administração de escolas públicas à Polícia Militar. No estado do Norte, são oito estabelecimentos de ensino sob controle da PM.

"Distribuição de renda não é tirar de quem tem pra dar pra quem não tem. Porque daqui a pouco quem tinha não tem mais nada pra dar, e quem teria pra receber não tem de quem receber. Isso se chama socialismo", afirmou Bolsonaro.

O presidenciável disse que a taxação de grandes fortunas é um erro. "Não podemos olhar pra um cara que tem uma grande fazenda, uma propriedade, uma empresa e sobretaxar, querer arrancar o couro dele pra dar pra pobre. [Pra] pobre, tem de dar conhecimento."

"Não quero acabar com Bolsa Família, mas tenho certeza de que metade deixará de existir porque ou é fraude ou tem como inserir no mercado de trabalho. Essa é a minha política de distribuição de renda", concluiu.

Bolsonaro foi a Roraima para lançar candidaturas de correligionários para disputar o governo e o Senado. A visita foi encerrada à noite, com um comício no Centro de Tradições Gaúchas (CTG) da cidade, que reuniu várias centenas de simpatizantes.

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